Museu Nacional da Imprensa
Textos de Amor do Museu da Imprensa

 
Premiados

    

Premiados

 

Menções Honrosas

 1º PRÉMIO
VÍTOR OLIVEIRA JORGE
MARGEM

 

Ana Rita da Silva Freitas Rocha
Deixa-me falar-te de amor

 2º PRÉMIO
Paulo Lima Santos

PAISAGEM

 

Maria Paula Carvalheiro
AMOR EM CAIXA DE SAPATOS

 3º PRÉMIO EX-AEQUO
Filipa Susana Martins Ribeiro
Secreto Apêndice de Recordar a Alma

 

Mário Rui Simões Lopes
14 de Fevereiro

 3º PRÉMIO EX-AEQUO
“Marcos Gomes Coelho Pinho da Cruz"
ROMA

 

Rita Peixoto Lopes de Figueiredo
Algures entre 15 de Setembro de 1996 e 25 de Outubro de 2007…

  
 
 
 

Paulo Lima Santos
Ritual

   

Tiago Joel Moreira de Almeida
Amor  sem carregamentos obrigatórios

  

  
 1º PRÉMIO
Vítor Oliveira Jorge
  

   
“MARGEM”
 

Dantes, quando pousavas
Em qualquer beira, como pássaro
Magnífico\;
 
E o teu corpo, os seus poros,
Atraiam as ondas,
Os uivos litorais dos bandos\;
 
Dantes, quando era possível
Cantar uma ária inteira
Caminhando sempre na mesma praia

Sem vir ninguém,

A não ser o inverno, as suas
Grandes ondas gordas, azuis, paradas\;
 
E as rochas em que te sentavas
Em risco de rasgar a pele nas asperezas,
Eram também azuis\;
 
E o teu olhar puxava a camisola para baixo,
Como se fingisses proteger-te da nudez

Perante um eu, um mim, que de facto
Acalentavas já dentro de ti.
 
Dantes, quando eu olhava os teus pés
Como um sinal da fragilidade em que assentava
Toda a tua arquitectura,
 
E te dizia\: é bom que eu os veja já com saudade,
Para não ser mais tarde surpreendido\;
 
E mais tarde apenas me repetir
Quando te vir de novo pousar sobre a falésia
Como um pássaro, para me visitares

E, tal como hoje, não me dizeres nada

Porque, contra tudo o que seria de esperar
Me possuis, e a tua presença bate aqui -

Como uma maresia distante, como uma praia
À noite, para um cego que não sabe
O que vai acontecer,
 
Mas no entanto caminha
Na aspereza das rochas,
 
Fascinado pelo iodo, pelo ruído
De um outro mundo
Que vem dar a este limite
 
O tacto, as nádegas sobre a rocha.
Esse conhecimento.

voj 2008
para a susana
 

    
 2º PRÉMIO
Paulo Lima Santos
 
 
 “PAISAGEM"
 

do teu corpo ao vento
dançando no alto dos ramos dos pinheiros
cantam os ptilnorrincos
cortando rápidos voos

entre cá e lá,

teu corpo e o alto dos ramos dos pinheiros
ao vento dançando.
a primavera regressa.
o insecto sem nome e com o ferrão da morte
e seu belo equipamento muitlcolorido,
tipo nave do futuro,
vê-se passar.
ninguém se assusta\:
numa rápida mudança de trajectória

um ptilnorrinco abocanha
útil sobremesa.

a primavera regressa,
teu corpo está de partida.

o azul do céu não deu por nada
 

  
 3º PRÉMIO EX-AEQUO
Filipa Susana Martins Ribeiro
 

 
 
“Secreto Apêndice de Recordar a Alma"

 

Podia ser hilariante porém é quase óbvio por repetição
Analógico, mas às vezes torna-se absurdo senão trágico
Desenhar teus lábios, cabelos, rosto miúdo de rapaz
Menino digital, sorriso pão da alma que o sonho requer
Apenas com a paleta ou lápis que me sobram das pupilas
Abertas, assombradas no espanto do arrebatamento ímpio.

Disseram-me que amanhã será o segundo dia do presente
E é possível, creio, haver algo inaudito nessa predição
No desaforo, ingrato propósito de espera em cada esquina
De quem apenas quer ver-te surgir da multidão transeunte
O bloco debaixo do braço, as compras comestíveis
Na outra, talvez um saco de plástico e dentro dele o lanche
Como se fossem adereços úteis e necessários à coreografia
Fatal condimento de quem atravessa o empedrado da rua...

Disseram-me isso\; importa todavia registar neste momento
Que se me tivessem dito outra coisa, eu não a teria escrito,
Ou sequer a teria ouvido suficientemente claro, escutado
Posto em alerta verde sob o aspergido sentido dos afectos.

Não obstante cresceu dentro de mim esta fé em desacreditar
Da mesma forma que muitos acreditam e fiéis rendem culto
Eu me desoculto desacreditando não só no que não vejo, até
Isso eu quero, rir sem fugir de nada mas antes por prazer
De desvendar mistérios, olhar os enigmas como se o não fossem
Tão-só puzzles de reconstruir as tuas morenas faces, o soslaio
Num quadro fácil, de poucas peças, premissas maior e menor,
Conclusão e aventura e ousadia intuitiva, qualquer coisa assim
Numa moldura simples e directa ao ser perdido, perdição de mim
Cumprimento de destino em formato electrónico e design aprazível
Layout de quem se enxuga da solidão na janela do teu sorriso.

Embora as metáforas estejam a fermentar ainda nos cachos,
Muito antes de maduros e colhidos os frutos, até pisados
Liquefeitos a escorrerem-nos dos umbrais dos ombros, a boca
Vitral de dizer na fachada do rosto, equívoco desfraldado ao sol
Ao vento, à chuva, à voz, erguido como tocha de fogo olímpico
Num gesto, circuito integrado de integrar o verbo do teu andar
De quem pisa a morte, ou a tristeza dos dias ordinários, o tédio
O singular emolumento de quem compra vivenda na eternidade,
Um breve jardim antes da porta, sob o alpendre salomónico
Algumas notas musicais que se desprendem do labirinto de buxo,
Ruas e ruelas, becos e transversais, onde gatinham sobrinhos, filhos
Vizinhos chegados, vindo sabe-se lá de onde, a galáxia é pequena
Para caber-te toda no abraço em que tanto demoras a dar-me...
Sonhei-o debaixo da figueira onde dormiam mais de 001000 pardais
Arrumadinhos uns aos outros, quentes e protegidos e livres
De partir, mas preferindo ficar, ficar, ficar, tal como eu fico a ler
Até doer a hora da partida, úlcera na alma rósea de não ler mais\!...
 

 
 3º PRÉMIO
EX-AEQUO

Marcos Gomes Coelho Pinho da Cruz
 
 
“ROMA”
 

Passava horas ao espelho. Revia-se nele. Eram ambos incrivelmente superficiais. O reflexo da sua imagem pouco lhe importava, era mesmo pelo espelho que ficava ali, horas e horas, para desespero da namorada, que o tinha como o maior narcisista à superfície da terra. Dizia-lho vezes sem conta, mas ele não se aborrecia. Gostava de ouvir a palavra superfície, fazia-lhe lembrar o espelho. Ela, no seu profundo desespero, procurava mostrar-lhe que havia outros espelhos. \"A lua, por exemplo, é um espelho do amor\". Ele não fazia caso. Dizia \"pois\" e continuava a perscrutar a magnífica superficialidade daquele objecto pendurado acima do lavatório. Daí saltava, às vezes, para a televisão, quando dava futebol, mas depressa perdia o interesse no jogo e focava o olhar no ecrã, fazendo análises comparativas entre este e o espelho, que saía sempre vencedor. O mesmo se passava com as janelas, os pratos, as ruas ou o corpo da namorada. Eram subperfícies, cópias imperfeitas do espelho, ess!
e sim a verdadeira expressão formal de Deus. Um dia, ao ter este raciocínio, sentiu-se profundo. Ficou doente. Feliz mas preocupada, a namorada levou-o a um médico, depois a outro, a outro e a outro. Nenhum lhe soube dizer qual era o problema. \"Mas ele anda estranho, opaco, senhor doutor\! Parece um fantasma, uma sombra do que era\", insistia ela, já sem sequer esperar pela resposta. Não tardou muito a que os papéis se invertessem\: ela a estudar o espelho e ele a estudá-la a ela. Foi assim durante anos, precisamente os mesmos que ele passara a olhar o espelho. Até que, enjoado de olhar para eles, o espelho se partiu. Cristalizados, ela e ele olharam-se como nunca antes e nunca depois. Num mundo sem espelho, lua ou futebol, foi amor à primeira vista.
 

 
 Menção Honrosa

Ana Rita da Silva Freitas Rocha
 
      
“Deixa-me falar-te de amor”
 

Nesta era em que tudo é fabricado, em que nada é natural, em que nada é puro\; em que os primeiros beijos se trocam por telemóvel, se fala por sms e os ditos "encontros românticos" acontecem no cinema, entre um balde de pipocas e um copo de coca-cola, nesta era, que já não é minha, já não é tua, já nem é nossa\; deixa-me falar-te de amor.
Não quero falar deste "amor" novo, feito de "roda-bota-fora", que nasce podre e é vazio. Não te quero falar do amor para passar tempo, que se joga na Internet\; nem daquele que se conhece num bar ou numa discoteca. 
Não\: deixa-me falar-te de amor como o conheço, da mesma forma lamechas e \(hoje\) tão fora de moda\; a mesma que te ensinaram os teus pais ou os teus avós\; como era antigamente, quando passeavam junto ao rio, por vezes de mãos dadas, e coravam ainda, se encontravam alguma cara conhecida.
Deixa-me falar-te do amor que me ensinaste.
O amor que me ensinaste começou por um acaso, porque, por acaso, eu estava sozinha e tu também. O amor que me ensinaste não foi cozinhado nem confeccionado a propósito.
No nosso amor, tu dás-me a mão e eu coro\; convidas-me para sair e eu hesito\; brincas com os meus caracóis e eu gosto\; bebemos chá e ficamos ébrios\; passeamos à beira-rio e pode ser que nos beijemos.
No nosso amor, não somos só amantes, mas somos cúmplices. E companheiros. Olhas para mim e lês-me nas entrelinhas. Olho para ti e sei-te de cor. Sorrio e mergulhas nesse sorriso. Abraças-me e absorves-me inteira. Dizes-me "amo-te" e eu acredito.
O amor que me ensinaste é puro, é natural, é biológico, sem corantes nem conservantes.
Mas deixa-me contar-te um segredo\: nesta era, que já não é minha, já não é tua, já nem é nossa\; o nosso amor, ainda encanta\!
 

   
 Menção Honrosa
Maria Paula Carvalheiro
 
      
“AMOR EM CAIXA DE SAPATOS”
 

Continha Cartas de Amor, aquela caixa que outrora fora de sapatos e pretendia não ser encontrada assim facilmente.

Foi um nunca mais acabar de mistérios naquele sótão. Relíquias muito queridas, para ali esquecidas, de outros tempos, como diz o poeta\: cheirando a guardado de tanto esperar.

Ninguém daquela casa queria saber dessas coisas. Estavam muito mais preocupados em guardar segredos recentes. Só as crianças tinham tempo e curiosidade suficiente para descobrir tesouros antigos.

As arcas recheadas, os cestos de vime, a colecção de selos e a de frasquinhos vazios - conta-gotas - \(que fascínio pelos conta-gotas\!...\)

Tudo isto fica para outra ocasião.
Esta é a história das pequenas cartas de amor, amareladas pelo tempo, cheirando a escrita de aparo, a pó e a ternura.
Quem as guardou, numerou e intercalou - as dela com as dele - decerto reviveu a delicadeza daqueles momentos de frases curtas, respeitosas e no entanto transbordantes de velados ternurentos quereres.

A caixa já meio gasta, cinzentona, abaulada pela humidade ou pelo peso, lá se foi aguentando até á nossa chegada e mais ainda.

"Ah\!", os ahs do Avô Carvalheiro sempre que se aborrecia, saiam-lhe do fundo da barriga atirados num sopro rouco.

"Ah\!, eu nã te dizia?\! Já devia ter queimado isso há muito tempo\! Ah\!...
Dá cá, dá cá. Vou fazer uma fogueira no quintal".

A Avó nem o ouviu. Sorria deslumbrada.
Tinha largado por momentos a cozinha para saber pormenores da descoberta.
"Não é bonito andar a mexer no que está quieto..." ía dizendo brandamente. O sorriso a desmentir a falta de beleza daquele acto.

Podia não ser bonito, realmente. Mas foi memorável.

Também lá havia uns versos "Noivado de Sepulcro". Uma cantiga tétrica, dorida, arrastada... sempre igual.

"Cantava-se na altura ..." e ela já tão velhinha, começou a cantarolar baixinho. E a voz, meu Deus\!, - nunca a tinha ouvido cantar - era de um agudo finíssimo muito terno.

Ela, pra cá e pra lá, do quintal prá cozinha e da cozinha pró quintal, foi acalmando e até já acompanhava também a tal melodia. Primeiro a medo mas,  gracas a Deus, as quadras eram tantas que deu tempo, mais que suficiente para se descontrair. Não olhavam para o papel. Sabiam-na de cor.

E ela sempre a sorrir... mesmo quando no fim\:

"Porém mais tarde quando foi volvido
Da sepultura o gelado pó
Dois esqueletos um ao outro unidos
Foram achados num sepulcro só"

E para terminar, ele novamente, "Ah\!..."  o que era um perigo.

Pelo sim e pelo não, guardei meia dúzia daquelas cartinhas.

Acho uma delícia o modo formal  e respeitoso com que se dirigiam nas primeiras e como aquilo foi evoluindo em proximidade.

Numa delas a Avó' Dília  zangou-se. Então não é que o rapaz se atreveu, uma única e só vez \(serviu-lhe de emenda o ralhete\) a não comparecer em frente á janela como tantas vezes? Se não havia dia ou hora marcada para o encontro, garanto que passou a haver. O caprichozinho da menina \(nessa altura já a mais de meio da caixa - Minha Querida Adilinha - portanto já com direito a caprichos\) ficou-lhe bem.

Ao fim de um ano de troca de correspondência, surge um rascunho dirigido ao Exmo. Sr. José Antunes Amora com o pedido formal de namoro, que obtém a resposta pretendida, lá guardada também.
Por causa do seu consentimento - ou talvez não -, mas concerteza por causa das pequenas cartas de amor, estamos cá todos nós, outros também Carvalheiro.

"Ah\! Elas mexem em tudo...
Tu deixas que elas mexam em tudo. Ah\!... Ah\!..."

Encolhe os ombros e retira-se enquanto a Avó num queixume habitual\: "Ah J'sé... nã sejas assim..."

Alguns anos após os dois terem seguido a cantiga, quando se vendeu a casa, as mobílias e os trapos, encontrou-se uma caixa de sapatos também.

"Não é bonito mexer no que está quieto".

Os filhos estavam bem ensinados. "Queima-se.", disse alguém, sem querer, ao gosto do Avô.

"P'ra já não. Deixa estar... mais tarde vê-se", disse o meu Pai.

 

   
 Menção Honrosa
Mário Rui Simões Lopes
 
      
“14 de Fevereiro”
 

Queria ter estado junto a ti hoje.
Os meus lábios andaram em fogo todo o dia
e fugiam para o teu nome
quando lhes soprava a aragem da poesia
Já não me reconheço
Não percebo quase nada do que digo
nem sei em que língua me disperso
As palavras saem-me da boca, todas
de mão dada
contigo
mas engulo o teu nome
sempre que mergulho num verso
 

  
 Menção Honrosa
Rita Peixoto Lopes de Figueiredo
 
      
“Algures entre 15 de Setembro de 1996 e 25 de Outubro de 2007…”
   

Words can’t say what a love can do

Pessoas como tu fazem-me acordar. Acordar e sentir que vale a pena. Sinto, e sinto-o sem querer, é isso, é esse o conceito de Amor, não o que queremos, mas o que vem sem querer. És especial como és, como me fazes sentir, o único que poderia fazer com que as lágrimas parassem e mesmo assim, o único que realmente me põe lágrimas na cara. Muitas são as pessoas que fazem lágrimas saírem dos meus olhos, mas… só tu magoas ao ponto de começar no coração e devastar tudo o que sou. Por tua causa desprezo quem mais me ama, e para quê? Em troca tenho o teu desprezo e arrogância. Tudo é simples, quando podemos ter o céu, e escolhemos uma única estrela, poderíamos pedir o mar e contentamo-nos com apenas uma gota, dão-me a oportunidade de ter o Mundo, e a única coisa que me interessa és tu. Fazes-me abrir a janela e respirar, pensar e sorrir… Não sei como te dizer, ou como te explicar, pergunto-me se haverá palavras ideias para te dizer: amo-te, nasci para te amar, é para ti que vivo! Sem ti resumo-me a nada, só tu me fazes viver, sinto que sem o teu amor não há nada para ficar a ver. Desejo-te felicidade, que encontres e nem precises de procurar, aquilo que quis sem nunca encontrar, não me amas liberto-te, magoo-me mas fica a gratificação de que tu estarás feliz, amo-te, és a minha primeira preocupação, estás feliz, então fazes-me feliz, mesmo que eu não faça parte desse caminho, mesmo que tu sejas o meu. Tudo me deixa em baixo quando chega a hora de dizer “Adeus”, mas tu não me amares é o que mais me entristece, e se… não houvesse inicio do fim, ou fim do começo, se fôssemos só nós os dois, num começo sem fim? Acreditas mesmo que acabou? Eu prometo que tentaria fazer tudo bem desta vez. Não vou chorar outra vez se tiver acabado, feliz ficarei porque aconteceu. Conheci-te, bem e melhor, foste a melhor pessoa em quem alguma vez tive oportunidade de confiar, é difícil explicar a maneira como tenho confiança em ti, a maneira como confiaria a minha vida numa pessoa que nem tenho certeza se se vai lembrar de mim! Mas faria tudo, qualquer coisa que fosse, que me rebaixasse, que fosse contra todos os meus princípios. Por ti mudaria todos os meus valores e hábitos, tudo. Amei-te, AMO-TE, Amar-te-ei eternamente. Embora um momento não seja nada, tu és tudo num momento, posso não to dizer há bastante tempo, mas sabe que o meu amor sempre aqui permanecerá para ti, o que quer que faças, onde quer que vás, sabe, estarei sempre aqui, o meu coração estará sempre aqui, livre para ti. Incondicionalmente. Tantas vezes sorri, quando só me apetecia chorar, quantas vezes te apoiei querendo apenas que desistisses, quantas vezes fiquei longe de ti, quando só queria o teu cheiro, o teu olhar, as tuas bocas e piadas, as tuas mãos, as tuas gargalhadas. Quantas vezes explodi e chorei, chorei sem parar por ti… Chegou então a hora de dizer adeus quando a única coisa que quero é ter-te.

Amo-te

Talvez um dia notes o tanto que te amei, talvez até descubras as lágrimas que por ti chorei.

Entre 26 de Outubro de 2007 a 24 de Janeiro de 2008, com momentos que ninguém nos tira como 15 de Novembro e 8 de Dezembro

My Immortal

Fazes-me acordar. Erro quando digo que é sem querer, se pudesse mudar? Escolher-te-ia a ti. Se conseguisse esquecer? Optaria por te ter. Se és especial como és, pela maneira como me fazes sentir, vale a pena desperdiçar? Quaisquer lágrimas que venham, por muito que não sejam ultrapassadas, há-de haver sempre uma alegria maior que desvaneça por completo as lágrimas choradas, as de felicidade sobrepõem-se. Sei que muitas foram as vezes que me desprezaste, e tudo de bom? Tudo o que me deste, tudo o que ganhei, tudo o que vivi, e tudo o que hei de recordar?

Escolhia-te a ti, sim, com certeza que nada no mundo te superaria, ou no céu ou no mar. Escolhia-te, e sairia sempre a ganhar.

Nunca vai mudar, és tu quem me vai fazer abrir a janela, respirar, sorrir, pensar, és tu quem me vai fazer feliz. Nunca haverá palavras ou textos que expliquem tudo o que aprendi, tudo aquilo que ri, tudo aquilo que vivi ou o que sinto. Sem ti vou-me resumir sempre a nada, contigo vou estar sempre completa, sempre feliz.

A minha primeira preocupação, o único caminho. Prometido, devido, vou fazer tudo bem desta vez, não vou chorar. Não vai acabar.

Conheci-te, bem e melhor, bem demais, é ser capaz de adivinhar o que vais dizer, o que estás a pensar, saber o que tu gostas, e tudo o que odeias, saber tudo em ti, conhecer tudo em ti. Saber-te de cor.

Dava a minha vida, mudava a minha vida. Confio em ti, mais do que em qualquer pessoa, mais do que qualquer pessoa.

Os momentos efémeros, o amor eterno. Na ausência das palavras, não preciso de to dizer, sabes que é para sempre.

Tantas vezes sorri, quantas mais quero sorrir. Quantas te apoiei? Mais quero apoiar. Nunca mais vou ficar longe de ti a ansiar pelo teu cheiro e olhar, as tuas bocas, as tuas piadas, as tuas mãos as tuas gargalhadas…Quero ter-te, nunca me deixes!

Amo-te

Desculpado.

A partir de 25 de Janeiro, à deriva, mas com fé nas tuas palavras…

Timeless

Já não me fazes acordar, experimento a sensação de não querer, de baixar os braços, desistir.

Dou por mim a tentar superar, superar algo que não vi, que desconheço. Tento escrever, mas mal consigo ver a página…

Parte-me o coração, olhar-te nos olhos, olhar directamente, e não me ver a mim, somente a mim. Como me posso sentir sozinha, se estou mais acompanhada que nunca? Pelo menos nos teus olhos. Mas continuas, continuas a ser a minha razão de viver.

Dizes-me que acreditas que vamos estar juntos, que me amas, que és feliz comigo, que também precisas de mim. Mas achas que precisas de mim tanto como eu de ti? Se tirasses o teu amor, sabes que ia morrer, não estou pronta para a despedida.

Diz-me, diz-me que sou doida, que percebi tudo, tudo mal. Diz-me que não é nada disto que tu queres, que eu percebi tudo, tudo mal.

És tudo o que o meu coração conhece, tudo o que a minha boca provou, tudo o que o meu corpo quer experimentar, para a palavra sentimento só existes tu.

Não preciso que digas: Amo-te, não que não queira ouvir, é tudo o que quero…Já me mostraste que sim, torna tudo real, faz com que saia tudo dos pensamentos nocturnos, tudo o que me liga a ti, tudo que não se pode resumir em palavras, no entanto tudo ao que eu me agarro à noite, não irias precisas de dizer, nunca mais, TU SABES!

Outra pessoa, nova experiência? E se o meu coração ficasse dividido, como tento acreditar que o teu não está, o que dirias se eu tirasse as minhas palavras, as palavras que TU SABES?

Fecha os olhos e dá-me as tuas mãos, se soubesses a falta que sinto delas, das tuas mãos...abraça-me, beija-me, nunca me deixes. Toca-me na cara, puxa os meus lábios para cima, sorri, sabes fazer-me sorrir, eu sei que tu sabes, faz-me sorrir.

Tento o meu melhor, mas não é o suficiente, sinto-me cansada, a vontade de desistir é tanta, mesmo sentimento de todos os anos, todos os dias, tenho as lágrimas a escorrer pela cara, se te perder perco alguém que nunca conseguirei substituir, amo-te mesmo após todos os anos, anos esses que já não se contam pelos dedos das mãos, amo-te tanto, demasiado para te dizer que acabou, sinto que seria o correcto, mas é mais forte que eu, leva a melhor de mim, não te consigo resistir. Já provámos que promessas não são para nós, “fica para a semana”, eu tento aprender com os meus erros, embora também corra o risco de ficar ”para a semana”.

Diz-me, faz-me acreditar, que a imensidão do nosso amor nos (me?) faz ultrapassar tudo. Há recordações de ti em todo o lado, qualquer frase, gesto, objecto, filme, música, número, tu estás sempre lá. Mas tu disseste, disseste que precisavas do teu espaço, não percebes? Para o bem e para o mal, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separasse, o meu espaço era o teu espaço, o nosso espaço, a nossa liberdade, a nossa experiência. Pergunto-me se as nossas estradas não estarão com sentidos contrários…

Conheço o melhor, o pior, amo, amo tudo, quero e quero tudo mais e mais. Insubstituível, inesquecível. Há tanto da minha vida em ti, tu és toda a minha vida, como se estivesse cega, amor, uma voz que não me deixa dizer que não, que não me permite abandonar-te. É um amor que me consegue atingir, por muito longe. Um amor que só te deixaria ir para onde tu fosses mais feliz.

Ser tudo o que sonhaste, e ainda mais, ser a primeira pessoa que vês de manhã, a ultima que tocas à noite, quero estimar as tuas palavras, acabar todos os teus pensamentos, ajudar a encontrar-te quando estiveres perdido, quero ficar ao teu lado, sempre, quero falar contigo como mais ninguém falou, quero morrer nos teus braços. Quero amar-te como mais ninguém te ama, ganhar a tua confiança, não quero que “nós os dois” seja uma memória, quero que sejamos nós os dois, presente do indicativo. Quero honrar a tua mãe, aprender com o teu pai, quero roubar a tua atenção, quero ser egoísta… Quero fazer o teu mundo melhor do que alguma vez já foi. Quero-te ser tudo 

Agarro-me com toda a força ao que tenho de teu.

…Palavras que me dêem uma nova razão de escrever…

É não saber, não ver, e ainda assim acreditar. Não se aprende, não se ensina, não se explica, não se procura, não se perde, sente-se! Está em nós, sentimo-lo, magoa, nunca em vão. Amamos apenas!
 

   
 Menção Honrosa
Paulo Lima Santos

 
      
“RITUAL”
 

quando encosto o ouvido ao lado direito do peito,
onde está o coração, o búzio devolve o gemido
do tigre, do mar, do cavalo. vestígios
de sol rasgam devagar a película dos olhos,
um brilho de luz vaga suscita a fonte,
a palavra, a água do silêncio. devagar

se morre, ao longe, inclinando a face
branca para a outra margem. a mulher
a dias do céu entorna devagar a sedução
antes de esfregar o corredor da aflição,

lavar o chão da dor, perfumar um pouco de cor
no lugar das trevas, a meio de nada.

deve ser assim que se começa uma nova vida,
uma nova nova dança, um novo amor

 

  
 Menção Honrosa
Tiago Joel Moreira de Almeida

 
      
“Amor  sem carregamentos obrigatórios”
 
 

04_10_2005
17\:55

Neste preciso momento és a parte mais importante do meu todo espiritual e carnal. És a essência daquilo que em mim me desilude profundamente ou me eleva à condição de deus particular\! Não existo em função da tua vontade e admito até que a minha personalidade desempenhe um papel excessivo.  Não me cabe a mim definir os limites imateriais daquilo que é correcto ou não fazer numa relação orientada por dois caracteres tão diferentes. A coordenação das nossas ansiedades, das fraquezas e forças que nos definem tem de ser mais eficaz, para que a sensação plenitude seja mais regular que a de desorientação e desacerto. Esta é uma corda que vamos puxar de extremos opostos.

06_09_2005
21\:05

Mimos, beijinhos, caixas superelegantes de amor às bolinhas. Este ano é que vai ser. Como vês estou quase a converter o que resta da minha masculinidade à tua capacidade persuasora feminista\! Quero muito que penses duas vezes antes de garantir sucesso absoluto ao teu projecto. Ou vais ter de viver lado a lado com o membro contemporâneo do esquadrão G. Estou a ler Marshall McLuhan e Rosalind Krauss e a guerra hormonal está ao rubro\! Se quiseres apita. Beijinhos.

29_10_2005
13\:54

Sou um oportunista de primeira e não me importo nada de o reconhecer com humildade\! Foi de uma enorme oportunidade ter-te caçado\! Logo, devo ser a parte interessada. Sendo assim como podes tu duvidar do meu empenho. A não ser que eu te tenha dado motivos fortes para me indiciares pelo crime de burla agravada com prejuízo para a segunda parte. Em todo o caso vou registar a tristeza e acentuar o meu interesse, a minha paixão\! Pois se  eu não estou desinteressado por que raio está a parecer que sim? Temos que sair desta maré estranha de uma forma pomposa e delirante de paixão febril\! Ligo mais logo. \:\)

29_11_2005
00\:43

Gostava de estar aí enroscadinho aos teus pés. Tenho este fetiche, gosto de esquentar cânones de beleza, mas é assim, ontem foste Tu, amanhã é a Vénus, se bem que ela tenha sido orientada por cânones universalizantes enquanto tu és a minha norma estética escolhida em perfeita autonomia. Num mundo imenso, bem maior que o de há uns séculos atrás.

22_02_2006
09\:41

Perdido de amor por ti. Traz pão.

02_03_2006
22\:08

Um futuro de uma forma bem estratégica e tu és maioritária. Enquadramento do objectivo estratégico. Beijos num sitio estratégico.

26 - 02 - 07
13\:27

Essencialmente aquilo que retiro deste momento, é que nunca houve dúvidas. Vais partir com essa certeza. Vamos falar com a segurança de que, mesmo nos momentos de maior insegurança aparente, somos um do outro. Aquilo que se vai passando é que vamos permitindo à vida que entre no nosso jogo de forma parasitária. Por falar nisso leva antibióticos.
Beijos selados.

05 - 03 - 07
23\:11

Não sou os outros e os outros não te têm a ti.
Não és as outras e as outras não me têm a mim.

29 - 07 - 07
01\:14

Pensa em coisas boas. Dorme bem. Como se nada pudesse interferir com a tua felicidade. Como se fôssemos duas metades de um todo. Como se tudo fizesse sempre sentido e não pudesse ser verdade de outra forma.
Beijos de paz

03 - 08 - 07
00\:34

O meu amor por ti, antes de ser nosso, é meu\! Posso ser acusado de muitas coisas. Mas da incapacidade de preservar o meu potencial mais forte....isso é que não. Amar-te é o sentimento e a capacidade que eu mais admiro em mim. Sentir esta paixão, é equivalente a consagrar à vida aquilo que mais maravilhoso ela tem. Um ao lado do outro nunca vamos ter oportunidade de adormecer. Amo-te acordado

07 - 08 - 07
10\:56

Cada dia que passa sinto que o amor cresce a par com o perigo. Perder-te é uma possibilidade cada vez mais sombria. Amar assim, é amar da única maneira possível. Se dói tanto deve ser amor.   \:P

10 - 08 - 07
17\:21

A vida é fantástica\! Acho que nunca serei capaz de me desiludir com ela. Contigo ao lado ela pula para um patamar místico e ganha dimensões míticas. A consciência de ser diz-me que tudo o que faz de mim pensamento e justifica a minha existência, está emerso no sentimento e conhecimento do que me dás a ver de ti. A ilusão é a nossa maior capacidade social. De tanto escondermos o instinto criamos novas realidades com novas verdades. És o melhor motivo do mundo para mudar. És a razão da minha ilusão.
Beijos temperados

27 - 08 - 07
02\:24

Que porra\! Termos discussões por estes motivos....Parece inevitável, mas porque somos dois, não porque é minha exclusiva vontade e prazer. São sempre precisos dois para dançar. Uma coisa é certa, o fox-trot dançamos como ninguém, agora temos de aprender rapidamente a dançar o tango. Mesma tensão, menos espalhafato. Mesma paixão com mais maturidade. Coordenados para que nenhum esteja do alto da burra a pisar os calos do outro.
Beijos do urso

01 - 09 - 07
10\:17

Se a minha cabeça fosse um caleidoscópio, tu serias com certeza a luz que projecta as cores do mundo na minha imaginação.
Beijos fragmentados

04 - 09 - 07
21\:51

Espero ansioso por ti. Sempre que partes faço tudo o que posso. Sempre que estás faço tudo o que quero. "Tudo o que posso" é o caminho mais curto para o "tudo que quero" - estar contigo sempre, sem limites de espaço ou tempo.
Beijos endinheirados

20 - 09 - 07
20\:04

És um prazer tão forte quanto a atmosfera densa com o pólen das primeiras flores na primavera. Ou um saco de rede cheio de berlindes de todas as cores e tamanhos. Quando estou junto de ti sinto uma tranquilidade que assegura a vida, semelhante à que sentia de cada vez que me levantava com os primeiros raios de sol e ia para a escola. Compromissos agridoce que justificam a existência.
Trilho invariável que somente nós próprios podemos marcar com a convicção diária de um soldado. O caminho ao lado da beleza absoluta também pode ser trilhado de mil e uma formas, mas quanto a esta vocação quero fazer o melhor possível desde o início. Parece-me que nesta questão quero seguir a carreira académica com distinção. Beijo distinto

27 - 09 - 07
13\:16

Amor és um pássaro que voa? Onde andas? Preciso de uma virgula saborosa. Não tens uns minutos\! É só o que peço e só o que posso dar.
Beijos finos em lábios grossos

15 - 10 - 07
22\:37

A alegria não diz nada sobre a esperança e amor que eu deposito em ti. Por outro lado esta tristeza  incomensurável dita leis sobre os limites que eu devo impor ao meu impulso déspota - único senão - perder-te. Vale a pena a auto punição? Tenho a certeza que sim.
Beijos auto flagelantes do menino mais mal comportado do mundo.

O Namorado Dela
 


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