MANÚCIO (o velho), Aldo (1448-1515) - Famoso impressor italiano nascido em Bassano, o mais ilustre da sua família, que inspirando-se no manuscrito das Rimas de Francisco Petrarca, criou a cursiva itálica, para a obra de Virgílio, impressa em 1501. Um ano depois, esta obra seria aperfeiçoada e divulgada por Cláudio Garamond. Estabeleceu-se em 1494 em Veneza, com 45 anos de idade, com a ajuda do Príncipe Alberto Pio de Capri, onde fundou em 1500 a célebre Academia Aldina, com o objectivo de proceder à revisão de manuscritos gregos e latinos antigos antes de serem impressos. Sucederem-lhe o seu filho, Paolo (1511-1574) e o seu neto Aldo, "o jovem", (1547-1597).

  

MERGENTHALER, Otamar (1854-1899) - Inventor alemão, emigrou para os E.U.A. em 1872, onde em 1879, concebeu uma máquina de composição mecânica, a que deu o nome de Linotype. O princípio da Linotype consiste em juntar, com a ajuda de um teclado, não letras mas matrizes de letras que formam um molde/bloco em linha. Por isso que se chamam a estas máquinas "linhas bloco" por oposição às máquinas que compõem linhas letra por letra (ex: Monotype). É esta particularidade de fundir num só bloco de chumbo uma linha de matrizes (type em inglês), ou seja "line of type" (linha de matrizes), que está na origem do seu nome. A primeira patente data de 1880 sendo a primeira máquina de 1884. Em 1886 a primeira Blower Linotype, nome que provém do sopro pelo qual eram puxadas as matrizes, compunha já linhas para o jornal "New York Tribune". Merganthaler, pouco tempo depois, substitui este sistema de sopro, já que as matrizes acabavam por cair devido ao seu peso, procedendo à experiência de diversos tipos de matrizes até que chegou à forma actual e definitiva de cunha.

  
MARINONI, Hippolyte (1823-1904) - Mecânico e tipógrafo francês, de origem italiana, concebeu em 1847/48 uma das primeiras máquinas de reação para a imprensa e em 1867, uma das primeiras rotativas, que expôs na Exposição Universal de Paris. A máquina de reacção, de quatro cilindros, que concebeu em 1847 imprimia, por cilindro, 1500/hora folhas de 45 x 134 cm. Este sistema desenvolvido em conjunto com a casa Gaveaux tinha um destinatário - o jornal "La Presse" - de Emile de Girardin, que tinha requerido a estes construtores uma nova máquina para o seu jornal. Foram célebres os seus prelos modelo Indespensável (1 200 a 1 500 ex. por hora, formato 76 por 55 cm), Universal ( 1 200 a 1 500 ex. por hora, formato de 1m por 68 cm, empregava 4 homens) e Especial (para impressão a 2 cores, 500 a 600 ex. por hora, formato de 1, 18 m por 80 cm, com 11 rolos de dar tinta, 7 distribuidores de tinta).
Em Portugal, Hippolyte Marinoni, esteve representado na Exposição Universal do Porto, que decorreu no Palácio de Cristal em 1865, onde expôs um prelo mecânico (Classe 10º - Machinas e Utensílios de Manufacturas e Officinas Industriaes). Vários jornais, como o "Comércio do Porto" e "O Primeiro de Janeiro" e o "Diário de Notícias", tiveram nas suas oficinas máquinas deste constructor.