Monthly Archives: Dezembro 2015

PortoCartoon lança tema 2016
O Entendimento Global
Charlie Chaplin e Sara Sampaio são prémios especiais de Caricatura
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“O Entendimento Global” vai servir de mote para o PortoCartoon – World Festival de 2016, organizado pelo Museu Nacional da Imprensa.
O convite à participação acaba de ser lançado aos cartunistas de todo o mundo e apresenta as figuras emblemáticas de Charlie Chaplin e Sara Sampaio para prémio especial de caricatura.Como se pode ler no Regulamento do PortoCartoon 2016
( http://www.cartoonvirtualmuseum.org
/eventos/pc/xviii/xviiiportocartoon_2016.pdf
), “foi com ironia que, há cinco séculos, Thomas Moore, pensou em utopias depois de criticar os abusos de poder, as desigualdades e distorções da época em que vivia.
A sua cidade utópica continua a ser um belo contraponto às confusões e desmandos mundiais”.

Em sintonia com o tema escolhido pela UNESCO – O Entendimento Mundial – “constitui, em si mesmo, um horizonte da utopia. Por isso mesmo, 500 anos depois, a Utopia (1516) continua a ser um livro precioso, pela sua atualidade.” Considerando que vivemos uma época de “contradições, conflitos, manifestações de força, abusos, dramas migrantes, violações de direitos, novos muros, ganância e estupidez de diferentes poderes que controlam o mundo”,  os organizadores do PortoCartoon sublinham a importância da arte do cartoon para “promover o entendimento mundial, com o desentendimento do humor”.
Voltando às palavras que Georges Wolinksi deixou gravadas no catálogo do PortoCartoon 2009, “o humor precisa da desgraça, do desastre, do desespero, da crise de nervos, para desabrochar”

Charlie Chaplin e Sara Sampaio

Na sua 18.ª edição, o PortoCartoon lança mais dois prémios especiais de caricatura. Com início em 2013, o Prémio Especial de Caricatura focou, nesse ano, figuras como José Saramago e Manoel de Oliveira; em 2014 foi a vez de Nelson Mandela e Siza Vieira em 2015 Ernest Hemingway e Cristiano Ronaldo.
Para os Prémios especiais de Caricatura 2016, estão designadas duas grandes figuras de fama mundial: Charlie Chaplin (1989-1971) e Sara Sampaio Sara Sampaio (1991-  ).
Há cem anos Charles Chaplin vivia o seu ano de ouro. Em 1916 produziu alguns dos filmes de comédia mais importantes da história do cinema. Foi o ano de maior produção chapliniana: oito filmes, entre eles O Vagabundo (cuja personagem já havia criado em 1914). Figura imortal da história do cinema, Chaplin continua a encantar miúdos e graúdos em todo o mundo.
Sara Sampaio, manequim natural do Porto e a viver em Nova Iorque, tem sido capa das revistas de moda mais famosas do mundo. Alguns dos anúncios que protagoniza têm um cariz risível, como o de fazer derreter o gelo, numa marca de hambúrguer.
Está assim lançada mais uma edição do PortoCartoon World Festival, que decorrerá, como vem sendo hábito, em –Junho do próximo ano, integrando as Festas da Cidade do Porto – Capital do Cartoon.

Exposição Fotográfica
Recorda Auschwitz
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Inaugura no dia 11 de dezembro, no Museu Nacional da Imprensa, a exposição fotográfica Auschwitz: Marca(s) de uma herança 70 anos depois. São cerca de vinte fotografias do jornalista David Araújo evocando o 70.º aniversário do encerramento do campo de concentração onde milhares de judeus foram exterminados.

O autor das fotografias é jornalista repórter da RTP e, paralelamente, tem vindo a desenvolver a atividade de fotógrafo.

No conjunto de fotografias que apresenta no MNI, o autor evoca as duas vezes em que esteve no campo de concentração. Depois da primeira, que realizou em janeiro deste ano, enquanto jornalista da RTP, no âmbito da cobertura das comemorações do 70º aniversário da libertação de Auschwitz, sentiu-se desafiado a voltar para fotografar.

Partindo do universo monocromático que Auschwitz apresenta, as imagens expostas são a preto e branco e convidam o visitante a refletir sobre a condição humana. As legendas das fotografias são compostas de testemunhos das vítimas.

A exposição será completada com a apresentação de uma entrevista a Leon Weintraub, um dos sobreviventes de Auschwitz, assinada pelo autor e pela jornalista Sandra Sá Couto. Leon Weintraub sobreviveu à passagem pelo campo de extermínio de Auschwitz, onde perdeu toda a sua família, porque conseguiu fugir. Trezentos sobreviventes de Auschwitz regressaram à Polónia no passado mês de janeiro, para assinalar os 70 anos de libertação do campo de concentração que ali existiu e que é considerado um dos maiores símbolos do holocausto.

Esta é umas das últimas oportunidades para ouvir testemunhos diretos sobre os horrores que ali passaram, uma vez que os sobreviventes têm quase todos mais de 90 anos.
A abertura da exposição será assinalada por um momento musical, O Violino de Auschwitz – Músicas e Imagens do Inferno, interpretado pelo músico italiano Maurizio Padovan. Através desta atuação, o público presente terá uma oportunidade única de conhecer “o som e a música dos campos de concentração”.