Monthly Archives: Fevereiro 2017

Ronaldo em caricatura na Biblioteca de Marvila
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1ºPremio: Krzysztof Grzondziel, Polónia

Cerca de 60 caricaturas de Cristiano Ronaldo vão estar em exposição na Biblioteca de Marvila, em Lisboa, a partir do dia 4 de março, sábado. A inauguração ocorrerá pelas 15h30 e contará com a presença do cartoonista Santiagu, vencedor do 2º Prémio Especial de Caricatura Cristiano Ronaldo.

A mostra, organizada pelo MNI, é promovida pela Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito da Candidatura de Lisboa a Capital Europeia do Desporto em 2021. Inclui os trabalhos vencedores, menções honrosas, finalistas e selecionados do Prémio Especial de Caricatura Cristiano Ronaldo da 17ª edição do PortoCartoon-World Festival. Os artistas representados são de países tão distintos como Colômbia, Bolívia, Bulgária, Brasil, Egito, Espanha, Irão, Quénia, Roménia, Rússia, Tailândia, Turquia e Portugal, entre outros.

O grande destaque vai para o trabalho vencedor, do cartunista polaco Krzysztof Grondziel, bem como para o segundo prémio, atribuído ao português António Santos (Santiagu) e para o terceiro prémio entregue ao cartoonista Renato Aroeira, do Brasil.

Esta secção do PortoCartoon, promovido pelo Museu Nacional da Imprensa, teve início em 2013 com as figuras de Manoel de Oliveira e José Saramago. Nesta linha, as escolhas subsequentes destacaram Nelson Mandela, Siza Vieira, Sara Sampaio e Chaplin.

Esta exposição insere-se na política de descentralização cultural desenvolvida pelo Museu Nacional da Imprensa desde a sua inauguração, em 1997, e ficará patente até ao dia 31 de março.

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2ºPrémio: Santiagu, Portugal

Manuela de Azevedo era a repórter mais antiga do mundo
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A Direção do Museu Nacional da Imprensa manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento da jornalista e escritora Manuela de Azevedo (às 12,07 de hoje, 10 de fevereiro, no Hospital de S. José, em Lisboa), de quem editou os seus últimos livros. Tinha 105 anos, feitos a 31 de agosto de 2016. Havia sido internada na 3ª feira, dia 7, no Hospital. Foi a primeira jornalista mulher a ter carteira profissional.

Depois da morte de Clare Hollingworth, no dia 10 de janeiro deste ano, em Hong Kong, Manuela de Azevedo era a repórter mais antiga do mundo. Deixa uma obra vasta que honra o jornalismo e o mundo das letras, já que foi romancista, ensaísta, poeta e contista, tendo escrito também peças de teatro, uma delas censurada pelo regime de Salazar. Cortado pela Censura foi também um artigo que escreveu em 1936 a defender a eutanásia.

Um dos seus feitos célebres como repórter resultou na primeira entrevista dada pelo ex-rei Humberto I de Itália, que se exilara em Lisboa, após a implantação da República. Manuela de Azevedo fez-se de criada para conseguir abeira-se do rei e o resultado foi espalhado pelo mundo, depois da sua publicação no Diário de Lisboa, em junho de 1946.

Entre muitas das personalidades que conheceu e entrevistou está o jornalista e escritor Ernest Hemingway, prémio nobel da literatura.

Ultimamente, Manuela de Azevedo estava a trabalhar num livro com cerca de 200 cartas, a maior parte delas já comentadas.

O Museu Nacional da Imprensa editou a maior parte das suas publicações desde 2009 e a 31 de agosto de 2016 lançou em Lisboa, no SJ, com a presença da jornalista e do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, uma Galeria Virtual Manuela de Azevedo.

Nesta galeria multimédia, lançada no dia do seu 105º aniversário, estão os feitos principais da jornalista e escritora e uma biografia muito completa, com a nona sinfonia de Beethoven em fundo.

A jornalista recebeu várias comendas atribuídas pelos presidentes da República Jorge Sampaio, Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa. E em outubro de 2016 esteve na Câmara Municipal de Lisboa a receber a medalha de mérito cultural.

Além da obra literária e jornalística, Manuela de Azevedo deixa a sua marca na Casa-Memória de Camões, em Constância, projeto em que trabalhou durante 40 anos.

Morreu pobre uma das jornalistas que mais enriqueceu o jornalismo.

A todos os familiares e amigos, o Museu endereça os sentimentos de pesar.

A Direção

Museu da Imprensa lança novo livro de Textos de Amor

O Museu Nacional da Imprensa vai lançar o novo livro do Concurso Nacional Textos de Amor Manuel António Pina, no próximo dia 11 de fevereiro (sábado), pelas 16h, no Museu.

São mais de 150 textos, de poesia e prosa. E correspondem aos prémios e menções honrosas das 16 edições realizadas de 2001 a 2016.

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O primeiro livro do concurso, editado em 2011, reuniu cerca de 70 textos, relativos às dez edições iniciais, e esgotou-se rapidamente. Por isso mesmo, estes mesmos textos foram inseridos no livro que vai ser agora lançado no mercado. A edição é coordenada por Luiz Humberto Marcos, diretor do MNI, que assina um estudo introdutório, tal como Pires Laranjeira, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e membro do Júri do concurso desde a primeira edição.

A nova edição tem cerca de 360 páginas e apresenta na capa um desenho de José Rodrigues, que havia sido feito para o primeiro livro.

O nome do grande poeta e cronista Manuel António Pina (1943-2012), vencedor do Prémio Camões de 2011, passou a intitular o concurso, a partir de 2013, reforçando assim a sua importância. Durante as nove primeiras edições, Manuel António Pina havia sido membro do Júri do concurso.

O conjunto dos textos resulta das seleções feitas, ao longo das diversas edições, pelos Júris compostos pelos seguintes membros: Ana Sousa Dias, Fernando Pinto do Amaral, José Miguel Gaspar, Luiz Humberto Marcos, Manuel António Pina, Maria Glória Padrão e Pires Laranjeira.

Milhares de participantes de diversos pontos do país, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, fizeram deste concurso uma referência no estímulo à emergência de novos valores literários.

Como já foi anunciado, dois dias depois da sessão de lançamento do livro (13/02) inicia-se a receção dos textos para a edição de 2017.