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1º PRÉMIO
Vítor Oliveira Jorge
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“MARGEM”
Dantes, quando pousavas
Em qualquer beira, como pássaro
Magnífico\;
E o teu corpo, os seus poros,
Atraiam as ondas,
Os uivos litorais dos bandos\;
Dantes, quando era possível
Cantar uma ária inteira
Caminhando sempre na mesma praia
Sem vir ninguém,
A não ser o inverno, as suas
Grandes ondas gordas, azuis, paradas\;
E as rochas em que te sentavas
Em risco de rasgar a pele nas asperezas,
Eram também azuis\;
E o teu olhar puxava a camisola para baixo,
Como se fingisses proteger-te da nudez
Perante um eu, um mim, que de facto
Acalentavas já dentro de ti.
Dantes, quando eu olhava os teus pés
Como um sinal da fragilidade em que assentava
Toda a tua arquitectura,
E te dizia\: é bom que eu os veja já com saudade,
Para não ser mais tarde surpreendido\;
E mais tarde apenas me repetir
Quando te vir de novo pousar sobre a falésia
Como um pássaro, para me visitares
E, tal como hoje, não me dizeres nada
Porque, contra tudo o que seria de esperar
Me possuis, e a tua presença bate aqui -
Como uma maresia distante, como uma praia
À noite, para um cego que não sabe
O que vai acontecer,
Mas no entanto caminha
Na aspereza das rochas,
Fascinado pelo iodo, pelo ruído
De um outro mundo
Que vem dar a este limite
O tacto, as nádegas sobre a rocha.
Esse conhecimento.
voj 2008
para a susana
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2º
PRÉMIO
Paulo Lima Santos
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“PAISAGEM"
do teu corpo ao vento
dançando no alto dos ramos dos pinheiros
cantam os ptilnorrincos
cortando rápidos voos
entre cá e lá,
teu corpo e o alto dos ramos dos pinheiros
ao vento dançando.
a primavera regressa.
o insecto sem nome e com o ferrão da morte
e seu belo equipamento muitlcolorido,
tipo nave do futuro,
vê-se passar.
ninguém se assusta\:
numa rápida mudança de trajectória
um ptilnorrinco abocanha
útil sobremesa.
a primavera regressa,
teu corpo está de partida.
o azul do céu não deu por nada
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3º PRÉMIO
EX-AEQUO
Filipa Susana Martins Ribeiro
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“Secreto Apêndice de Recordar a Alma"
Podia ser hilariante porém é quase óbvio por
repetição
Analógico, mas às vezes torna-se absurdo senão trágico
Desenhar teus lábios, cabelos, rosto miúdo de rapaz
Menino digital, sorriso pão da alma que o sonho requer
Apenas com a paleta ou lápis que me sobram das pupilas
Abertas, assombradas no espanto do arrebatamento ímpio.
Disseram-me que amanhã será o segundo dia do presente
E é possível, creio, haver algo inaudito nessa predição
No desaforo, ingrato propósito de espera em cada esquina
De quem apenas quer ver-te surgir da multidão transeunte
O bloco debaixo do braço, as compras comestíveis
Na outra, talvez um saco de plástico e dentro dele o lanche
Como se fossem adereços úteis e necessários à coreografia
Fatal condimento de quem atravessa o empedrado da rua...
Disseram-me isso\; importa todavia registar neste momento
Que se me tivessem dito outra coisa, eu não a teria escrito,
Ou sequer a teria ouvido suficientemente claro, escutado
Posto em alerta verde sob o aspergido sentido dos afectos.
Não obstante cresceu dentro de mim esta fé em desacreditar
Da mesma forma que muitos acreditam e fiéis rendem culto
Eu me desoculto desacreditando não só no que não vejo, até
Isso eu quero, rir sem fugir de nada mas antes por prazer
De desvendar mistérios, olhar os enigmas como se o não fossem
Tão-só puzzles de reconstruir as tuas morenas faces, o soslaio
Num quadro fácil, de poucas peças, premissas maior e menor,
Conclusão e aventura e ousadia intuitiva, qualquer coisa assim
Numa moldura simples e directa ao ser perdido, perdição de mim
Cumprimento de destino em formato electrónico e design aprazível
Layout de quem se enxuga da solidão na janela do teu sorriso.
Embora as metáforas estejam a fermentar ainda nos cachos,
Muito antes de maduros e colhidos os frutos, até pisados
Liquefeitos a escorrerem-nos dos umbrais dos ombros, a boca
Vitral de dizer na fachada do rosto, equívoco desfraldado ao sol
Ao vento, à chuva, à voz, erguido como tocha de fogo olímpico
Num gesto, circuito integrado de integrar o verbo do teu andar
De quem pisa a morte, ou a tristeza dos dias ordinários, o tédio
O singular emolumento de quem compra vivenda na eternidade,
Um breve jardim antes da porta, sob o alpendre salomónico
Algumas notas musicais que se desprendem do labirinto de buxo,
Ruas e ruelas, becos e transversais, onde gatinham sobrinhos,
filhos
Vizinhos chegados, vindo sabe-se lá de onde, a galáxia é pequena
Para caber-te toda no abraço em que tanto demoras a dar-me...
Sonhei-o debaixo da figueira onde dormiam mais de 001000 pardais
Arrumadinhos uns aos outros, quentes e protegidos e livres
De partir, mas preferindo ficar, ficar, ficar, tal como eu fico a
ler
Até doer a hora da partida, úlcera na alma rósea de não ler
mais\!...
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3º PRÉMIO
EX-AEQUO
Marcos Gomes Coelho Pinho da Cruz
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“ROMA”
Passava horas ao espelho. Revia-se nele. Eram
ambos incrivelmente superficiais. O reflexo da sua imagem pouco
lhe importava, era mesmo pelo espelho que ficava ali, horas e
horas, para desespero da namorada, que o tinha como o maior
narcisista à superfície da terra. Dizia-lho vezes sem conta, mas
ele não se aborrecia. Gostava de ouvir a palavra superfície,
fazia-lhe lembrar o espelho. Ela, no seu profundo desespero,
procurava mostrar-lhe que havia outros espelhos. \"A lua, por
exemplo, é um espelho do amor\". Ele não fazia caso. Dizia
\"pois\" e continuava a perscrutar a magnífica superficialidade
daquele objecto pendurado acima do lavatório. Daí saltava, às
vezes, para a televisão, quando dava futebol, mas depressa perdia
o interesse no jogo e focava o olhar no ecrã, fazendo análises
comparativas entre este e o espelho, que saía sempre vencedor. O
mesmo se passava com as janelas, os pratos, as ruas ou o corpo da
namorada. Eram subperfícies, cópias imperfeitas do espelho, ess!
e sim a verdadeira expressão formal de Deus. Um dia, ao ter este
raciocínio, sentiu-se profundo. Ficou doente. Feliz mas
preocupada, a namorada levou-o a um médico, depois a outro, a
outro e a outro. Nenhum lhe soube dizer qual era o problema. \"Mas
ele anda estranho, opaco, senhor doutor\! Parece um fantasma, uma
sombra do que era\", insistia ela, já sem sequer esperar pela
resposta. Não tardou muito a que os papéis se invertessem\: ela a
estudar o espelho e ele a estudá-la a ela. Foi assim durante anos,
precisamente os mesmos que ele passara a olhar o espelho. Até que,
enjoado de olhar para eles, o espelho se partiu. Cristalizados,
ela e ele olharam-se como nunca antes e nunca depois. Num mundo
sem espelho, lua ou futebol, foi amor à primeira vista.
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Menção Honrosa
Ana Rita da Silva Freitas Rocha
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“Deixa-me falar-te de amor”
Nesta era em que tudo é fabricado, em que
nada é natural, em que nada é puro\; em que os primeiros beijos se
trocam por telemóvel, se fala por sms e os ditos "encontros
românticos" acontecem no cinema, entre um balde de pipocas e um
copo de coca-cola, nesta era, que já não é minha, já não é tua, já
nem é nossa\; deixa-me falar-te de amor.
Não quero falar deste "amor" novo, feito de "roda-bota-fora", que
nasce podre e é vazio. Não te quero falar do amor para passar
tempo, que se joga na Internet\; nem daquele que se conhece num
bar ou numa discoteca.
Não\: deixa-me falar-te de amor como o conheço, da mesma forma
lamechas e \(hoje\) tão fora de moda\; a mesma que te ensinaram os
teus pais ou os teus avós\; como era antigamente, quando passeavam
junto ao rio, por vezes de mãos dadas, e coravam ainda, se
encontravam alguma cara conhecida.
Deixa-me falar-te do amor que me ensinaste.
O amor que me ensinaste começou por um acaso, porque, por acaso,
eu estava sozinha e tu também. O amor que me ensinaste não foi
cozinhado nem confeccionado a propósito.
No nosso amor, tu dás-me a mão e eu coro\; convidas-me para sair e
eu hesito\; brincas com os meus caracóis e eu gosto\; bebemos chá
e ficamos ébrios\; passeamos à beira-rio e pode ser que nos
beijemos.
No nosso amor, não somos só amantes, mas somos cúmplices. E
companheiros. Olhas para mim e lês-me nas entrelinhas. Olho para
ti e sei-te de cor. Sorrio e mergulhas nesse sorriso. Abraças-me e
absorves-me inteira. Dizes-me "amo-te" e eu acredito.
O amor que me ensinaste é puro, é natural, é biológico, sem
corantes nem conservantes.
Mas deixa-me contar-te um segredo\: nesta era, que já não é minha,
já não é tua, já nem é nossa\; o nosso amor, ainda encanta\!
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Menção
Honrosa
Maria Paula Carvalheiro
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“AMOR EM CAIXA DE SAPATOS”
Continha Cartas de Amor, aquela caixa que
outrora fora de sapatos e pretendia não ser encontrada assim
facilmente.
Foi um nunca mais acabar de mistérios naquele sótão. Relíquias
muito queridas, para ali esquecidas, de outros tempos, como diz o
poeta\: cheirando a guardado de tanto esperar.
Ninguém daquela casa queria saber dessas coisas. Estavam muito
mais preocupados em guardar segredos recentes. Só as crianças
tinham tempo e curiosidade suficiente para descobrir tesouros
antigos.
As arcas recheadas, os cestos de vime, a colecção de selos e a de
frasquinhos vazios - conta-gotas - \(que fascínio pelos
conta-gotas\!...\)
Tudo isto fica para outra ocasião.
Esta é a história das pequenas cartas de amor, amareladas pelo
tempo, cheirando a escrita de aparo, a pó e a ternura.
Quem as guardou, numerou e intercalou - as dela com as dele -
decerto reviveu a delicadeza daqueles momentos de frases curtas,
respeitosas e no entanto transbordantes de velados ternurentos
quereres.
A caixa já meio gasta, cinzentona, abaulada pela humidade ou pelo
peso, lá se foi aguentando até á nossa chegada e mais ainda.
"Ah\!", os ahs do Avô Carvalheiro sempre que se aborrecia,
saiam-lhe do fundo da barriga atirados num sopro rouco.
"Ah\!, eu nã te dizia?\! Já devia ter queimado isso há muito
tempo\! Ah\!...
Dá cá, dá cá. Vou fazer uma fogueira no quintal".
A Avó nem o ouviu. Sorria deslumbrada.
Tinha largado por momentos a cozinha para saber pormenores da
descoberta.
"Não é bonito andar a mexer no que está quieto..." ía dizendo
brandamente. O sorriso a desmentir a falta de beleza daquele acto.
Podia não ser bonito, realmente. Mas foi memorável.
Também lá havia uns versos "Noivado de Sepulcro". Uma cantiga
tétrica, dorida, arrastada... sempre igual.
"Cantava-se na altura ..." e ela já tão velhinha, começou a
cantarolar baixinho. E a voz, meu Deus\!, - nunca a tinha ouvido
cantar - era de um agudo finíssimo muito terno.
Ela, pra cá e pra lá, do quintal prá cozinha e da cozinha pró
quintal, foi acalmando e até já acompanhava também a tal melodia.
Primeiro a medo mas, gracas a Deus, as quadras eram tantas
que deu tempo, mais que suficiente para se descontrair. Não
olhavam para o papel. Sabiam-na de cor.
E ela sempre a sorrir... mesmo quando no fim\:
"Porém mais tarde quando foi volvido
Da sepultura o gelado pó
Dois esqueletos um ao outro unidos
Foram achados num sepulcro só"
E para terminar, ele novamente, "Ah\!..." o que era um
perigo.
Pelo sim e pelo não, guardei meia dúzia daquelas cartinhas.
Acho uma delícia o modo formal e respeitoso com que se
dirigiam nas primeiras e como aquilo foi evoluindo em proximidade.
Numa delas a Avó' Dília zangou-se. Então não é que o rapaz
se atreveu, uma única e só vez \(serviu-lhe de emenda o ralhete\)
a não comparecer em frente á janela como tantas vezes? Se não
havia dia ou hora marcada para o encontro, garanto que passou a
haver. O caprichozinho da menina \(nessa altura já a mais de meio
da caixa - Minha Querida Adilinha - portanto já com direito a
caprichos\) ficou-lhe bem.
Ao fim de um ano de troca de correspondência, surge um rascunho
dirigido ao Exmo. Sr. José Antunes Amora com o pedido formal de
namoro, que obtém a resposta pretendida, lá guardada também.
Por causa do seu consentimento - ou talvez não -, mas concerteza
por causa das pequenas cartas de amor, estamos cá todos nós,
outros também Carvalheiro.
"Ah\! Elas mexem em tudo...
Tu deixas que elas mexam em tudo. Ah\!... Ah\!..."
Encolhe os ombros e retira-se enquanto a Avó num queixume
habitual\: "Ah J'sé... nã sejas assim..."
Alguns anos após os dois terem seguido a cantiga, quando se vendeu
a casa, as mobílias e os trapos, encontrou-se uma caixa de sapatos
também.
"Não é bonito mexer no que está quieto".
Os filhos estavam bem ensinados. "Queima-se.", disse alguém, sem
querer, ao gosto do Avô.
"P'ra já não. Deixa estar... mais tarde vê-se", disse o meu Pai.
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Menção
Honrosa
Mário Rui Simões Lopes
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“14 de Fevereiro”
Queria ter estado junto a ti hoje.
Os meus lábios andaram em fogo todo o dia
e fugiam para o teu nome
quando lhes soprava a aragem da poesia
Já não me reconheço
Não percebo quase nada do que digo
nem sei em que língua me disperso
As palavras saem-me da boca, todas
de mão dada
contigo
mas engulo o teu nome
sempre que mergulho num verso
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Menção
Honrosa
Rita
Peixoto Lopes de Figueiredo
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“Algures entre 15 de Setembro de 1996 e
25 de Outubro de 2007…”
Words can’t say what a love can do
Pessoas como tu fazem-me acordar. Acordar e sentir que vale a
pena. Sinto, e sinto-o sem querer, é isso, é esse o conceito de
Amor, não o que queremos, mas o que vem sem querer. És especial
como és, como me fazes sentir, o único que poderia fazer com que
as lágrimas parassem e mesmo assim, o único que realmente me põe
lágrimas na cara. Muitas são as pessoas que fazem lágrimas saírem
dos meus olhos, mas… só tu magoas ao ponto de começar no coração e
devastar tudo o que sou. Por tua causa desprezo quem mais me ama,
e para quê? Em troca tenho o teu desprezo e arrogância. Tudo é
simples, quando podemos ter o céu, e escolhemos uma única estrela,
poderíamos pedir o mar e contentamo-nos com apenas uma gota,
dão-me a oportunidade de ter o Mundo, e a única coisa que me
interessa és tu. Fazes-me abrir a janela e respirar, pensar e
sorrir… Não sei como te dizer, ou como te explicar, pergunto-me se
haverá palavras ideias para te dizer: amo-te, nasci para te amar,
é para ti que vivo! Sem ti resumo-me a nada, só tu me fazes viver,
sinto que sem o teu amor não há nada para ficar a ver. Desejo-te
felicidade, que encontres e nem precises de procurar, aquilo que
quis sem nunca encontrar, não me amas liberto-te, magoo-me mas
fica a gratificação de que tu estarás feliz, amo-te, és a minha
primeira preocupação, estás feliz, então fazes-me feliz, mesmo que
eu não faça parte desse caminho, mesmo que tu sejas o meu. Tudo me
deixa em baixo quando chega a hora de dizer “Adeus”, mas tu não me
amares é o que mais me entristece, e se… não houvesse inicio do
fim, ou fim do começo, se fôssemos só nós os dois, num começo sem
fim? Acreditas mesmo que acabou? Eu prometo que tentaria fazer
tudo bem desta vez. Não vou chorar outra vez se tiver acabado,
feliz ficarei porque aconteceu. Conheci-te, bem e melhor, foste a
melhor pessoa em quem alguma vez tive oportunidade de confiar, é
difícil explicar a maneira como tenho confiança em ti, a maneira
como confiaria a minha vida numa pessoa que nem tenho certeza se
se vai lembrar de mim! Mas faria tudo, qualquer coisa que fosse,
que me rebaixasse, que fosse contra todos os meus princípios. Por
ti mudaria todos os meus valores e hábitos, tudo. Amei-te, AMO-TE,
Amar-te-ei eternamente. Embora um momento não seja nada, tu és
tudo num momento, posso não to dizer há bastante tempo, mas sabe
que o meu amor sempre aqui permanecerá para ti, o que quer que
faças, onde quer que vás, sabe, estarei sempre aqui, o meu coração
estará sempre aqui, livre para ti. Incondicionalmente. Tantas
vezes sorri, quando só me apetecia chorar, quantas vezes te apoiei
querendo apenas que desistisses, quantas vezes fiquei longe de ti,
quando só queria o teu cheiro, o teu olhar, as tuas bocas e
piadas, as tuas mãos, as tuas gargalhadas. Quantas vezes explodi e
chorei, chorei sem parar por ti… Chegou então a hora de dizer
adeus quando a única coisa que quero é ter-te.
Amo-te
Talvez um dia notes o tanto que te amei, talvez até descubras
as lágrimas que por ti chorei.
Entre 26 de Outubro de 2007 a 24 de Janeiro de 2008, com
momentos que ninguém nos tira como 15 de Novembro e 8 de Dezembro
My
Immortal
Fazes-me
acordar. Erro quando digo que é sem querer, se pudesse mudar?
Escolher-te-ia a ti. Se conseguisse esquecer? Optaria por te ter.
Se és especial como és, pela maneira como me fazes sentir, vale a
pena desperdiçar? Quaisquer lágrimas que venham, por muito que não
sejam ultrapassadas, há-de haver sempre uma alegria maior que
desvaneça por completo as lágrimas choradas, as de felicidade
sobrepõem-se. Sei que muitas foram as vezes que me desprezaste, e
tudo de bom? Tudo o que me deste, tudo o que ganhei, tudo o que
vivi, e tudo o que hei de recordar?
Escolhia-te a ti, sim, com certeza que nada no mundo te superaria,
ou no céu ou no mar. Escolhia-te, e sairia sempre a ganhar.
Nunca vai
mudar, és tu quem me vai fazer abrir a janela, respirar, sorrir,
pensar, és tu quem me vai fazer feliz. Nunca haverá palavras ou
textos que expliquem tudo o que aprendi, tudo aquilo que ri, tudo
aquilo que vivi ou o que sinto. Sem ti vou-me resumir sempre a
nada, contigo vou estar sempre completa, sempre feliz.
A minha
primeira preocupação, o único caminho. Prometido, devido, vou
fazer tudo bem desta vez, não vou chorar. Não vai acabar.
Conheci-te, bem e melhor, bem demais, é ser capaz de adivinhar o
que vais dizer, o que estás a pensar, saber o que tu gostas, e
tudo o que odeias, saber tudo em ti, conhecer tudo em ti. Saber-te
de cor.
Dava a
minha vida, mudava a minha vida. Confio em ti, mais do que em
qualquer pessoa, mais do que qualquer pessoa.
Os
momentos efémeros, o amor eterno. Na ausência das palavras, não
preciso de to dizer, sabes que é para sempre.
Tantas
vezes sorri, quantas mais quero sorrir. Quantas te apoiei? Mais
quero apoiar. Nunca mais vou ficar longe de ti a ansiar pelo teu
cheiro e olhar, as tuas bocas, as tuas piadas, as tuas mãos as
tuas gargalhadas…Quero ter-te, nunca me deixes!
Amo-te
Desculpado.
A partir
de 25 de Janeiro, à deriva, mas com fé nas tuas palavras…
Timeless
Já não me
fazes acordar, experimento a sensação de não querer, de baixar os
braços, desistir.
Dou por
mim a tentar superar, superar algo que não vi, que desconheço.
Tento escrever, mas mal consigo ver a página…
Parte-me
o coração, olhar-te nos olhos, olhar directamente, e não me ver a
mim, somente a mim. Como me posso sentir sozinha, se estou mais
acompanhada que nunca? Pelo menos nos teus olhos. Mas continuas,
continuas a ser a minha razão de viver.
Dizes-me
que acreditas que vamos estar juntos, que me amas, que és feliz
comigo, que também precisas de mim. Mas achas que precisas de mim
tanto como eu de ti? Se tirasses o teu amor, sabes que ia morrer,
não estou pronta para a despedida.
Diz-me,
diz-me que sou doida, que percebi tudo, tudo mal. Diz-me que não é
nada disto que tu queres, que eu percebi tudo, tudo mal.
És tudo o
que o meu coração conhece, tudo o que a minha boca provou, tudo o
que o meu corpo quer experimentar, para a palavra sentimento só
existes tu.
Não
preciso que digas: Amo-te, não que não queira ouvir, é tudo o que
quero…Já me mostraste que sim, torna tudo real, faz com que saia
tudo dos pensamentos nocturnos, tudo o que me liga a ti, tudo que
não se pode resumir em palavras, no entanto tudo ao que eu me
agarro à noite, não irias precisas de dizer, nunca mais, TU SABES!
Outra
pessoa, nova experiência? E se o meu coração ficasse dividido,
como tento acreditar que o teu não está, o que dirias se eu
tirasse as minhas palavras, as palavras que TU SABES?
Fecha os
olhos e dá-me as tuas mãos, se soubesses a falta que sinto delas,
das tuas mãos...abraça-me, beija-me, nunca me deixes. Toca-me na
cara, puxa os meus lábios para cima, sorri, sabes fazer-me sorrir,
eu sei que tu sabes, faz-me sorrir.
Tento o
meu melhor, mas não é o suficiente, sinto-me cansada, a vontade de
desistir é tanta, mesmo sentimento de todos os anos, todos os
dias, tenho as lágrimas a escorrer pela cara, se te perder perco
alguém que nunca conseguirei substituir, amo-te mesmo após todos
os anos, anos esses que já não se contam pelos dedos das mãos,
amo-te tanto, demasiado para te dizer que acabou, sinto que seria
o correcto, mas é mais forte que eu, leva a melhor de mim, não te
consigo resistir. Já provámos que promessas não são para nós,
“fica para a semana”, eu tento aprender com os meus erros, embora
também corra o risco de ficar ”para a semana”.
Diz-me,
faz-me acreditar, que a imensidão do nosso amor nos (me?) faz
ultrapassar tudo. Há recordações de ti em todo o lado, qualquer
frase, gesto, objecto, filme, música, número, tu estás sempre lá.
Mas tu disseste, disseste que precisavas do teu espaço, não
percebes? Para o bem e para o mal, na saúde e na doença, na
riqueza e na pobreza até que a morte nos separasse, o meu espaço
era o teu espaço, o nosso espaço, a nossa liberdade, a nossa
experiência. Pergunto-me se as nossas estradas não estarão com
sentidos contrários…
Conheço o
melhor, o pior, amo, amo tudo, quero e quero tudo mais e mais.
Insubstituível, inesquecível. Há tanto da minha vida em ti, tu és
toda a minha vida, como se estivesse cega, amor, uma voz que não
me deixa dizer que não, que não me permite abandonar-te. É um amor
que me consegue atingir, por muito longe. Um amor que só te
deixaria ir para onde tu fosses mais feliz.
Ser tudo
o que sonhaste, e ainda mais, ser a primeira pessoa que vês de
manhã, a ultima que tocas à noite, quero estimar as tuas palavras,
acabar todos os teus pensamentos, ajudar a encontrar-te quando
estiveres perdido, quero ficar ao teu lado, sempre, quero falar
contigo como mais ninguém falou, quero morrer nos teus braços.
Quero amar-te como mais ninguém te ama, ganhar a tua confiança,
não quero que “nós os dois” seja uma memória, quero que sejamos
nós os dois, presente do indicativo. Quero honrar a tua mãe,
aprender com o teu pai, quero roubar a tua atenção, quero ser
egoísta… Quero fazer o teu mundo melhor do que alguma vez já foi.
Quero-te ser tudo
Agarro-me
com toda a força ao que tenho de teu.
…Palavras
que me dêem uma nova razão de escrever…
É não
saber, não ver, e ainda assim acreditar. Não se aprende, não se
ensina, não se explica, não se procura, não se perde, sente-se!
Está em nós, sentimo-lo, magoa, nunca em vão. Amamos apenas!
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Menção
Honrosa
Paulo Lima Santos
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“RITUAL”
quando encosto o ouvido ao lado direito do
peito,
onde está o coração, o búzio devolve o gemido
do tigre, do mar, do cavalo. vestígios
de sol rasgam devagar a película dos olhos,
um brilho de luz vaga suscita a fonte,
a palavra, a água do silêncio. devagar
se morre, ao longe, inclinando a face
branca para a outra margem. a mulher
a dias do céu entorna devagar a sedução
antes de esfregar o corredor da aflição,
lavar o chão da dor, perfumar um pouco de cor
no lugar das trevas, a meio de nada.
deve ser assim que se começa uma nova vida,
uma nova nova dança, um novo amor
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Menção
Honrosa
Tiago Joel Moreira de Almeida
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“Amor sem carregamentos
obrigatórios”
04_10_2005
17\:55
Neste preciso momento és a parte mais importante do meu todo
espiritual e carnal. És a essência daquilo que em mim me desilude
profundamente ou me eleva à condição de deus particular\! Não
existo em função da tua vontade e admito até que a minha
personalidade desempenhe um papel excessivo. Não me cabe a
mim definir os limites imateriais daquilo que é correcto ou não
fazer numa relação orientada por dois caracteres tão diferentes. A
coordenação das nossas ansiedades, das fraquezas e forças que nos
definem tem de ser mais eficaz, para que a sensação plenitude seja
mais regular que a de desorientação e desacerto. Esta é uma corda
que vamos puxar de extremos opostos.
06_09_2005
21\:05
Mimos, beijinhos, caixas superelegantes de amor às bolinhas. Este
ano é que vai ser. Como vês estou quase a converter o que resta da
minha masculinidade à tua capacidade persuasora feminista\! Quero
muito que penses duas vezes antes de garantir sucesso absoluto ao
teu projecto. Ou vais ter de viver lado a lado com o membro
contemporâneo do esquadrão G. Estou a ler Marshall McLuhan e
Rosalind Krauss e a guerra hormonal está ao rubro\! Se quiseres
apita. Beijinhos.
29_10_2005
13\:54
Sou um oportunista de primeira e não me importo nada de o
reconhecer com humildade\! Foi de uma enorme oportunidade ter-te
caçado\! Logo, devo ser a parte interessada. Sendo assim como
podes tu duvidar do meu empenho. A não ser que eu te tenha dado
motivos fortes para me indiciares pelo crime de burla agravada com
prejuízo para a segunda parte. Em todo o caso vou registar a
tristeza e acentuar o meu interesse, a minha paixão\! Pois se
eu não estou desinteressado por que raio está a parecer que sim?
Temos que sair desta maré estranha de uma forma pomposa e
delirante de paixão febril\! Ligo mais logo. \:\)
29_11_2005
00\:43
Gostava de estar aí enroscadinho aos teus pés. Tenho este fetiche,
gosto de esquentar cânones de beleza, mas é assim, ontem foste Tu,
amanhã é a Vénus, se bem que ela tenha sido orientada por cânones
universalizantes enquanto tu és a minha norma estética escolhida
em perfeita autonomia. Num mundo imenso, bem maior que o de há uns
séculos atrás.
22_02_2006
09\:41
Perdido de amor por ti. Traz pão.
02_03_2006
22\:08
Um futuro de uma forma bem estratégica e tu és maioritária.
Enquadramento do objectivo estratégico. Beijos num sitio
estratégico.
26 - 02 - 07
13\:27
Essencialmente aquilo que retiro deste momento, é que nunca houve
dúvidas. Vais partir com essa certeza. Vamos falar com a segurança
de que, mesmo nos momentos de maior insegurança aparente, somos um
do outro. Aquilo que se vai passando é que vamos permitindo à vida
que entre no nosso jogo de forma parasitária. Por falar nisso leva
antibióticos.
Beijos selados.
05 - 03 - 07
23\:11
Não sou os outros e os outros não te têm a ti.
Não és as outras e as outras não me têm a mim.
29 - 07 - 07
01\:14
Pensa em coisas boas. Dorme bem. Como se nada pudesse interferir
com a tua felicidade. Como se fôssemos duas metades de um todo.
Como se tudo fizesse sempre sentido e não pudesse ser verdade de
outra forma.
Beijos de paz
03 - 08 - 07
00\:34
O meu amor por ti, antes de ser nosso, é meu\! Posso ser acusado
de muitas coisas. Mas da incapacidade de preservar o meu potencial
mais forte....isso é que não. Amar-te é o sentimento e a
capacidade que eu mais admiro em mim. Sentir esta paixão, é
equivalente a consagrar à vida aquilo que mais maravilhoso ela
tem. Um ao lado do outro nunca vamos ter oportunidade de
adormecer. Amo-te acordado
07 - 08 - 07
10\:56
Cada dia que passa sinto que o amor cresce a par com o perigo.
Perder-te é uma possibilidade cada vez mais sombria. Amar assim, é
amar da única maneira possível. Se dói tanto deve ser amor.
\:P
10 - 08 - 07
17\:21
A vida é fantástica\! Acho que nunca serei capaz de me desiludir
com ela. Contigo ao lado ela pula para um patamar místico e ganha
dimensões míticas. A consciência de ser diz-me que tudo o que faz
de mim pensamento e justifica a minha existência, está emerso no
sentimento e conhecimento do que me dás a ver de ti. A ilusão é a
nossa maior capacidade social. De tanto escondermos o instinto
criamos novas realidades com novas verdades. És o melhor motivo do
mundo para mudar. És a razão da minha ilusão.
Beijos temperados
27 - 08 - 07
02\:24
Que porra\! Termos discussões por estes motivos....Parece
inevitável, mas porque somos dois, não porque é minha exclusiva
vontade e prazer. São sempre precisos dois para dançar. Uma coisa
é certa, o fox-trot dançamos como ninguém, agora temos de aprender
rapidamente a dançar o tango. Mesma tensão, menos espalhafato.
Mesma paixão com mais maturidade. Coordenados para que nenhum
esteja do alto da burra a pisar os calos do outro.
Beijos do urso
01 - 09 - 07
10\:17
Se a minha cabeça fosse um caleidoscópio, tu serias com certeza a
luz que projecta as cores do mundo na minha imaginação.
Beijos fragmentados
04 - 09 - 07
21\:51
Espero ansioso por ti. Sempre que partes faço tudo o que posso.
Sempre que estás faço tudo o que quero. "Tudo o que posso" é o
caminho mais curto para o "tudo que quero" - estar contigo sempre,
sem limites de espaço ou tempo.
Beijos endinheirados
20 - 09 - 07
20\:04
És um prazer tão forte quanto a atmosfera densa com o pólen das
primeiras flores na primavera. Ou um saco de rede cheio de
berlindes de todas as cores e tamanhos. Quando estou junto de ti
sinto uma tranquilidade que assegura a vida, semelhante à que
sentia de cada vez que me levantava com os primeiros raios de sol
e ia para a escola. Compromissos agridoce que justificam a
existência.
Trilho invariável que somente nós próprios podemos marcar com a
convicção diária de um soldado. O caminho ao lado da beleza
absoluta também pode ser trilhado de mil e uma formas, mas quanto
a esta vocação quero fazer o melhor possível desde o início.
Parece-me que nesta questão quero seguir a carreira académica com
distinção. Beijo distinto
27 - 09 - 07
13\:16
Amor és um pássaro que voa? Onde andas? Preciso de uma virgula
saborosa. Não tens uns minutos\! É só o que peço e só o que posso
dar.
Beijos finos em lábios grossos
15 - 10 - 07
22\:37
A alegria não diz nada sobre a esperança e amor que eu deposito em
ti. Por outro lado esta tristeza incomensurável dita leis
sobre os limites que eu devo impor ao meu impulso déspota - único
senão - perder-te. Vale a pena a auto punição? Tenho a certeza que
sim.
Beijos auto flagelantes do menino mais mal comportado do mundo.
O Namorado Dela
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