Memórias de Manuela Azevedo
Recordam 70 anos de jornalismo

  

“Memória de uma Mulher de Letras” é o título do livro de Manuela de Azevedo, que o Museu Nacional da Imprensa (MNI) lançou no dia 5 de Dezembro pelas 17 horas numa sessão que contou com a presença do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, e da autora.
 
Neste livro, a autora recorda episódios com diversas figuras públicas nacionais e estrangeiras e aborda o tempo da censura, referindo-se à intervenção do “lápis azul”, como aconteceu com a peça de teatro “A Dona de Casa”, escrita em conjunto com José Ribeiro dos Santos que foi censurada no ensaio geral.
 
Manuela de Azevedo, hoje com 98 anos, foi jornalista durante 70. O seu interesse pelo jornalismo despertou do contacto com o jornal O Século, do qual o seu pai era correspondente em Viseu. O seu primeiro livro de poemas – Claridade – foi prefaciado por Aquilino Ribeiro, pouco antes de ela mais entrar para o mundo do jornalismo no Jornal “República”. Depois trabalhou no “Diário de Lisboa” e no “Diário de Noticias”, jornais onde assinou múltiplas reportagens e artigos sobre teatro.
 
Para além do trabalho como jornalista, Manuela de Azevedo publicou livros de poesia, contos, novelas, ensaio, biografias, crónicas, romance e teatro. Durante as últimas décadas fundou e dirigiu a Casa-Memória de Camões, em Constância.
 
O livro de memórias é prefaciado pelo director do Museu, Luís Humberto Marcos, e está dividido em cinco capítulos: “Nascimento e Infância”, “No país da Juventude”, “A La minuta”, “Ossos do Ofício” e “Para um Mundo Melhor”. A edição associa o Museu às Edições Afrontamento.