Museu da Imprensa assinala
Libertação de Auschwitz (71 anos)
Com livro de poemas e espetáculo teatral
MNI_Auschwitz_Convite27janeiro2016

O Museu Nacional da Imprensa assinala a Comemoração do Aniversário da Libertação de Auschwitz a 27 de janeiro, iniciativa integrada na exposição de fotografia de David Araújo, “Auschwitz: Marca(s) de uma herança 71 anos depois.  Há 70 anos, em 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertou Auschwitz, o maior e mais terrível campo de extermínio nazi, em cujas câmaras de gás e crematórios foram mortas pelo menos um milhão de pessoas.

O programa que comemora o 71.º da efeméride terá início às 16H00 com o lançamento do livro “Poemas de Shoá” da autora Ana Paula Eabrouk (Edições Esgotadas). Segue-se o espetáculo “Com as nossas mãos”, às 17H, encenado por Maíra Ribeiro e  interpretado pelos alunos da Oficina de Teatro da Escola Secundária Carlos Amarante – OutrArte.

Ana Paula Mabrouk lança no MNI o livro de poemas que resultou da sua participação no seminário “Memória da Shoá: Desafios Educativos” (de 29 de julho a 7 de agosto de 2014), na Escola Internacional para os Estudos do Holocausto, Yad Vashem, Jerusalém, em Israel. Com esta obra, a autora pretende dar a conhecer um pouco da História Judaica europeia dos anos 30 e 40 do século XX  sob a forma de poesia. Com uma carreira no ensino que conta já com vinte e cinco anos, a autora publicou diversos livros como Alfabeto no Feminino (2005), Em Carne Viva, (2010), Crónicas da Arte e da Vida (2011), Paixão em 5 atos (2013) e Águas Paradas (2014). Participou e foi premiada em vários concursos e prémios literários em Portugal e no Brasil, nas categorias de conto, crónica e poesia.

O espetáculo “Com as nossas mãos” estreou-se no Theatro Circo, a 19 de março de 2015, com a encenação de Maíra Ribeiro, jornalista, encenadora e professora de teatro. Inspirado na obra “As mãos de Abraão Zacut” de Luís Sttau Monteiro e com textos de Manuel Alegre, Wislawa Szymborska e Bertolt Brecht, conta com a interpretação dos alunos da OutrArte – Oficina de Teatro da Escola Secundária Carlos Amarante (Braga). O espetáculo foi criado no âmbito de uma oficina de teatro extra curricular, ministrada por Maíra Ribeiro e com a coordenação de Deolinda Mendes, professora de português que também auxiliou na adaptação do texto. Os alunos foram sensibilizados para a temática através de pesquisa, visionamento de filmes, leitura de textos sobre o Holocausto e encontros informais com outros professores, neste caso, de História.

Informação adicional:

Sinopse do livro Poemas da Shoá

Recordar (re+cardio) é voltar a passar pelo coração, como dizia o Rabino Mordehai Maarabi. O livro Poemas da Shoá quer dar a conhecer um pouco da História Judaica europeia dos anos 30 e 40 do século XX  sob a forma de poesia. Este livro volta a dar a palavra às pessoas em detrimento dos factos e dos números frios que se ensinam nos compêndios de História.

Há quem diga que o judaísmo europeu morreu após a 2ª Guerra Mundial. Todavia, a contribuição da cultura judaica na Europa não morreu definitivamente. Deixou raízes. E mais importante do que a herança deixada, é o dever dos povos europeus e a sua responsabilidade civil de não deixar cair no esquecimento aquele que foi, provavelmente, o período mais negro da nossa História.

(Ana Paula Mabrouk)

Sinopse “Com as nossas mãos”

Auschwitz: “ARBEIT MACHT FREI”. O trabalho liberta. Casernas. Arame farpado. Tortura. Cobaias. Experiências. Câmaras de gás. Zyclon B. Crematórios. Volvidos setenta anos sobre o holocausto, a humanidade não pode esquecer. Já são poucos os sobreviventes, outrora crianças de Auschwitz. É preciso contá-lo às novas gerações, porque Auschwitz aconteceu.

(OutrArte – Oficina de Teatro da Escola Secundária Carlos Amarante)