Exposição Fotográfica
Recorda Auschwitz
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Inaugura no dia 11 de dezembro, no Museu Nacional da Imprensa, a exposição fotográfica Auschwitz: Marca(s) de uma herança 70 anos depois. São cerca de vinte fotografias do jornalista David Araújo evocando o 70.º aniversário do encerramento do campo de concentração onde milhares de judeus foram exterminados.

O autor das fotografias é jornalista repórter da RTP e, paralelamente, tem vindo a desenvolver a atividade de fotógrafo.

No conjunto de fotografias que apresenta no MNI, o autor evoca as duas vezes em que esteve no campo de concentração. Depois da primeira, que realizou em janeiro deste ano, enquanto jornalista da RTP, no âmbito da cobertura das comemorações do 70º aniversário da libertação de Auschwitz, sentiu-se desafiado a voltar para fotografar.

Partindo do universo monocromático que Auschwitz apresenta, as imagens expostas são a preto e branco e convidam o visitante a refletir sobre a condição humana. As legendas das fotografias são compostas de testemunhos das vítimas.

A exposição será completada com a apresentação de uma entrevista a Leon Weintraub, um dos sobreviventes de Auschwitz, assinada pelo autor e pela jornalista Sandra Sá Couto. Leon Weintraub sobreviveu à passagem pelo campo de extermínio de Auschwitz, onde perdeu toda a sua família, porque conseguiu fugir. Trezentos sobreviventes de Auschwitz regressaram à Polónia no passado mês de janeiro, para assinalar os 70 anos de libertação do campo de concentração que ali existiu e que é considerado um dos maiores símbolos do holocausto.

Esta é umas das últimas oportunidades para ouvir testemunhos diretos sobre os horrores que ali passaram, uma vez que os sobreviventes têm quase todos mais de 90 anos.
A abertura da exposição será assinalada por um momento musical, O Violino de Auschwitz – Músicas e Imagens do Inferno, interpretado pelo músico italiano Maurizio Padovan. Através desta atuação, o público presente terá uma oportunidade única de conhecer “o som e a música dos campos de concentração”.