Garrett

Almeida

(1799 -1854)

Introdutor do Romantismo em Portugal foi um jornalista muito activo. Em mais de 20 jornais Almeida Garrett deixou a sua marca: como fundador e director, ou como redactor e colaborador. A relação de Garrett com a imprensa durou mais de trinta anos. O poema à Liberdade, escrito precisamente no dia da eclosão da revolta liberal no Porto (24 de Agosto de 1820) marcou linha de intransigência em defesa da liberdade de imprensa Determinado, polémico e intransigente nos princípios da cidadania, Garrett
tornou-se um dos esteios do triunfo do liberalismo em Portugal. A ele coube a força de lançar o primeiro jornal estruturado como empresa jornalística: "O Portuguez". Mas pagou caro o seu labor jornalístico: foi preso em 1827 e teve de exilar-se em França e Inglaterra. A imprensa era para Almeida Garrett um "orgão da opinião" e "a parte mais preciosa da herança humana". Vale a pena evocar aqui um pensamento de Garrett que continua a ter grande pertinência hoje: "Sem a liberdade de imprensa … não há liberdade de nenhuma espécie"(1830).