O Museu Nacional da Imprensa abre no dia 23, 6ª feira, pelas 16h, a exposição documental “Bicentenário da Liberdade de Imprensa”. No seu conjunto , as dezenas de peças mostram como a história da liberdade de imprensa se tem forjado ao longo dos séculos, desde Gutenberg. A exposição está dividida em oito grupos temáticas, começando por diferentes marcos históricos que antecederam a primeira Lei de Imprensa portuguesa, subsequente à revolta liberal do Porto (1820) e discutidas pelas Cortes em 1821. |
Esta lei que estava em discussão há duzentos anos é o centro da mostra que termina com a Lei de Imprensa aprovada em 1975, considerada a mais livre de todas.
Para mostrar que a Liberdade de imprensa sempre foi sujeita a diferentes ameaças ao longo de séculos, a exposição apresenta os momentos mais sensíveis das mudanças ocorridas desde 1821 até 1974. Neste contexto, podem ser apreciadas várias peças singulares que foram alvo da repressão e censura, tanto pela Inquisição, como pela ditadura de Salazar e Marcelo Caetano. Há também manifestos e jornais clandestinos. Uma das secções da mostra evidencia a importância do humor no combate à censura, através de desenhos de grandes caricaturistas, como Bordallo Pinheito, Stuart, Leal da Câmara, Valença e Jão Abel Manta, entre outros. A exposição tem a curadoria do diretor do museu, Luiz Humberto Marcos, e assenta numa perspetiva dinâmica, de incorporação progressiva de novas peças, ao longo dos meses, até setembro. O Museu Nacional da Imprensa, instalado na cidade do Porto, a montante da Ponte do Freixo, está aberto de 2ª a 6ª feira das 14.30h-18.30h (por imposição do confinamento não abre ao fim de semana). |
Exposição de 1821 até ’25 de abril’ Bicentenário da Liberdade de Imprensa |