Abre no dia 29 de janeiro, pelas 15.30h, a exposição “Letras e Poetas”, gravuras de Aurélio Mesquita, no Museu Nacional da Imprensa.
Trata-se, no seu conjunto de 40 gravuras feitas com materiais reciclados, como cartões e embalagens para comida ou pacotes de sumos, colagens, areias escolhidas, caracteres didáticos para brincar, cascas de ovo e fita-cola, dando-lhe uma inesperada vida com efeitos gráficos.
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Segundo o autor, foram maioritariamente criadas nos meses mais cerrados da pandemia do Covid-19 em 2020. Confessa: Confrontando a nossa fragilidade, longa e ordeiramente confinados a quatro paredes e pouco mais, aconteceu todavia uma certa acalmia que foi favorável ao trabalho artístico.
Cada gravura impressa nasceu de uma síntese de estudos e arranjos gráficos, de modo a incluir as formas de letras do nosso alfabeto como referencial da antiga tipografia. Outras cópias, de composição mais livre, “expressam uma idioglossia muito própria feita de estranhos caracteres inventados”.
Cerca de metade da exposição constitui uma homenagem a vários poetas preferidos pelo artista que, no começa da sua atividade profissional, foi tipógrafo. Alguns dos poetas evocados são figuras maiores da literatura portuguesa, como Luis de Camões, Fernando Pessoa, Mário Cesariny, Saramago e Herberto Helder, entre outros.
Esta exposição de gravura verde, ou eco-gravura, ficará patente ao público até 13 de março.
O Museu Nacional da Imprensa, instalado na cidade do Porto, a montante da Ponte do Freixo, está aberto de 2ª a 6ª feira das 10.30h-12.30h e das 14.30h-18.00h e aos fins de semana e feriados, das 14.30h-18.00h. |