CASLON,
William (1692-1776) - Fundidor inglês cujo nome é
atribuído ao design feito na sua fundição de tipos.
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CASTRO,
António Faustino de - Construtor português, empregado
da Imprensa Nacional, foi o responsável pela concepção e
construção de uma "tipografia portátil portuguesa"
que esteve presente na Exposição Universal de 1862: media 1, 31
m de comprimento, 0,98 m de largura e 0,43 de altura e custava
120 000 reis (20 libras esterlinas). Continha uma caixa de
composição, galeão de ferro, compenedores de latão e madeira,
tesoura para cortar zinco, serrote, duas limas, duas chaves de
parafusos, martelo, tamborete, apertador de cunhos, compasso,
furador, pinça, prelo de ferro (novo sistema, de timpano e
timpanilha, de dimensão de quadro 0,22 m de largura x 0,32 m de
comprimento), rama de ferro, tinteiro de ferro (com registo e
mesa), rolo com manivela (com forma) duas tábuas para papel, uma
tábua para levar a forma, almotolia de azeite, lata de tinta de
imprimir, lata de melasso, lata com potassa, guarnições de
madeira, cunhos, folhas de papel, duas meadas de cordel, correias
para segurar as diversas peças, etc... A mala depois de aberta
constituía uma forte mesa de madeira do Brasil onde se podia
executar o trabalho tipográfico!
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CAXTON,
William (1421- 1491) - Nascido em Kent, é considerado o
introdutor da tipografia no Reino Unido. Como agente comercial
nos Países Baixos e de passagem por Colónia, tomou contacto com
a tipografia. No ano de 1474, em Bruges, en colaboração com
Colard Mansion, publicou os primeiros livros em inglês, em letra
de forma - "The Recuyeel of The Histories of Troye" e
"The Game and Play of the Chess". Quando regressa às
ilhas britânicas em 1476, monta a sua oficina na Abadia de
Westminster. Aí imprime e encaderna cerca de noventa livros de
carácter histórico e filosófico. O seu primeiro livro impresso
em Inglaterra, em 1477, foi "The Dictes and Notable Wise
Sayins of Philosophers". Publica também "The Cologne
Chronicle", obra que contém a primeira menção a Gutenberg
como inventor da imprensa de tipos móveis. A ele se deve também
o uso em 1481, pela primeira vez em Inglaterra, de gravuras de
madeira.
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CHURCH,
William - Idealizou e pôs em prática, no ano 1822 em
Inglaterra, a mais antiga máquina de compôr: uns
canais-depósitos, inclinados, serviam para se introduzir os
caracteres soltos e, por manejo de teclas, reuniam-se em linhas
os caracteres, previamente distribuídos, sendo a justificação
feita manualmente. O modelo original está no museu de
Washington.
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CLYMER,
George - Mecânico americano de origem suíça,
residente em Filadélfia, construiu, em 1797, o primeiro prelo
americano totalmente em ferro a que foi dado o nome de
"Columbian". Este prelo possuía um sistema inédito de
pressão. Thomas Edison trabalhou com uma máquina deste tipo. Em
Portugal, em 1822, o sócio António Joaquim Freire Marreco
ofereceu à Sociedade Promotora da Indústria Nacional, fundada
nesse ano, um folheto com o desenho e capacidades técnicas da
nova prensa tipográfica de ferro fundido inventada por Jorge
Clymer.
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COSTER,
Laurens Janszoon (1370-1440) - Sacristão da cidade de
Harlem (Holanda), cujo nome atingiu celebridade por se atribuir a
Coster a invenção da Imprensa. Ou seja, Coster terá, antes de
Gutenberg, praticado a composição com caracteres móveis.
Curiosamente a data que se faz constar como sendo a da invenção
da Imprensa, 1440, coincide com o ano da morte de Coster.
A tradição conta que Coster concebeu a ideia de formar letras
com cortiça das árvores e de imprimir com estes caracteres
versículos da Bíblia e preceitos morais para a instrucção da
família. Consta também que admitiu operários e imprimiu
livros, entre os quais se encontra a obra rara "Speculorum
humanae Salvationis". A mesma tradição aponta como um dos
seus funcionários o irmão mais velho de Gutenberg, que teria
fugido para Mogúncia levando vários utensílios e caracteres.
No entanto, parece verdadeiro que, em 1440, as suas primeiras
impressões foram expostas na Feira das Relíquias de Aix, onde
foram observadas cuidadosamente por Gutenberg.
Em 1856 foi inaugurada uma estátua em frente à casa onde nasceu
Coster onde está a inscrição "Layrentivs Johannis Filivs
Costervs Tipographie Literis Mobillius e Metallo Fvsis
Inventor", que atesta a sua invenção como completa,
anulando quase toda a história e trabalho de Gutenberg.
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CRAESBEECK,
Peeter van (1572-1632) - Tipógrafo oriundo de
Antuérpia que se instalou em Lisboa em 1597, fugido das lutas
religiosas nas Províncias Unidas e aqui funda uma casa
tipográfica com material importado da Flandres. A casa passará
de geração em geração e a empresa subsistirá durante cento e
seis anos. Peeter Craesbeeck tinha aprendido a ser tipógrafo com
grandes mestres como Christphe Plantin e Balthasar Moretus. Foi
admitido na oficina de Plantin aos onze anos de idade como
aprendiz e passado seis anos era já oficial compositor.
Durante trinta e cinco anos trabalhou nas suas tipografias de
Lisboa e Coimbra. Em Lisboa, nos primeiros anos do século XVII,
a casa estava situada em Santa Maria Madalena. Em 1620, Peeter
seria nomeado, por Filipe II, impressor real. Em 1632, com a sua
morte, seus filhos sucedem-lhe na empresa. Lourenço Cresbeeck
fica à frente da "Officina Craesbeeckiana" e, em 1639,
funda nova casa em Coimbra, ficando Paulo Craesbeeck, seu irmão
mais novo, responsável pela oficina de Lisboa. Em 1644 António
Craesbeeck de Melo sucederá a Paulo, vindo a ser nomeado, em
1666, impressor real. Por morte de António, o título de
impressor real cabe então a Miguel Deslandes, em 1687 que, vindo
de França, em 1669, se instala em Portugal.
Ao longo da existência das oficinas desta família foram
publicadas 150 edições, das quais se destacam nove edições do
poema épico "Os Lusíadas" de Luís de Camões e onze
das "Rimas" do mesmo autor. Deve-se ainda a Pedro
Craesbeeck a primeira edição do célebre livro de viagens de
Fernão Mendes Pinto, "Peregrinação", impresso em
Lisboa em 1614.
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DESLANDES,
Miguel (?-1703) - Impressor de origem francesa (Thouars)
que se intalou em Portugal em 1669. Casado com a filha do
impressor, livreiro e editor Jean de la Coste (João da Costa),
também estabelecido em Portugal, Deslandes herdará do sogro o
material tipográfico com que imprimiu muitos livros em
português, latim, espanhol francês e italiano. Por despacho de
1648, Deslandes naturaliza-se português para poder usufruir dos
direitos de cidadania dos naturais do reino. Em 1687, depois da
morte de António Craesbeeck de Melo, é nomeado impressor real.
Com a sua morte em 1703 sucede-lhe, na direcção da régia
oficina, o seu segundo filho Valentim da Costa Deslandes.
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DIDOT,
François Ambroise
(1730-1804) - De origem francesa, o seu nome
está intimamente ligado à uniformização dos
caracteres, tendo concebido em 1757 um sistema de medida
tipográfico e, em 1784, um alfabeto mais lógico e
simples. Contruiu por volta de 1780 uma prensa de um só
movimento, tendo substituído a madeira pelo ferro,
mármore e cobre. Através de uma mármore e uma platina
de dimensões idênticas, tornou a impressão mais
rápida e a pressão mais forte. Dispunha de uma
fundição e de uma fábrica de papel. Em 1795, Fermin
Didot (1764-1836) filho de François, faz os primeiros
ensaios, com êxito, da estereotipia e da qual, no mesmo
ano, pede o respectivo brevet, sendo por isso considerado
o inventor da Estereotipia. A família Didot marcou de
forma indelével a tipografia francesa e europeia até ao
séc. XIX. |
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DOLET,
Étienne (1509-1546) - Impressor e humanista francês,
nascido em Orléans, exerceu a sua actividade em Lyon onde o seu
êxito provoca o ódio dos outros impressores, que o denunciam
como suspeito de heterodoxia. Foge para Itália, mas em 1544
regressa clandestinamente a Lyon, onde é preso e transferido
para Paris. Julgado, é reconhecido culpado de heresia e
condenado à morte pelo Parlamento em 1546. Morreu queimado como
ateu em 3 de Agosto desse ano. Como impressor, exerceu a sua
actividade de 1538 a 1546, tendo publicado cerca de cem livros e
opúsculos, entre os quais obras de Rabelais e Marot. Em 1887, na
praça Maubert, em Paris, foi-lhe erigida uma estátua. |
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