Exposição Museu da Imprensa em Valongo
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O anúncio da morte do escritor Alves Redol n’O Primeiro de Janeiro, um texto de José Saramago no Jornal do Fundão, a entrevista a Aquilino Ribeiro no Jornal de Notícias, foram alguns dos artigos cortados na época e que também podem ser vistos no Fórum de Ermesinde.
Um dos documentos patentes na exposição mostra que em 1965 foram apreendidos em Angola, na Livraria Lello, vários exemplares do livro “Gabriela Cravo e Canela”, de Jorge Amado, cuja telenovela haveria de “parar” o país após o ’25 de abril’. Tudo o que se referisse a sexualidade, revolução, sindicalismo, liberdade, feminismo, estava sob a alçada repressiva da Comissão de Censura. A exposição pretende mostrar ao público em geral a máquina destruidora do pensamento e da literatura que vigorou em Portugal durante a “ditadura de Salazar e Marcelo Caetano”. Mais do que documentar os anos em que predominou a Censura, esta exposição visa chamar a atenção de todos para a importância da liberdade, reconquistada no 25 de abril de 1974. A mostra ficará patente até ao dia 25 de maio, no Fórum Cultural de Ermesinde. |
Evocar o ‘25 de abril’ com ‘livros proibidos’ |