O Museu Nacional da Imprensa apresentou em 31 de agosto, em Lisboa, uma galeria virtual sobre a jornalista e escritora Manuela de Azevedo que nesse dia fez 105 anos. A sessão decorreu na sede do Sindicato dos Jornalistas, com a presença da aniversariante.
Esta Galeria mostra fotografias, entrevistas em vídeo, recortes com textos da jornalista desde os anos 40 do Séc. XX, além de um autorretrato e de uma bibliografia. Coordenada pelo diretor do Museu, Luís Humberto Marcos, a galeria abre um esboço panorâmico sobre a jornalista e escritora que desafia a natureza, continuando atenta ao que se passa no mundo e com um novo livro em preparação, sobre cartas. |
Nascida em 31 de agosto de 1911, Manuela de Azevedo viveu as duas Grandes Guerras, assistiu à Grande Depressão e atravessou o Estado Novo, viu várias textos seus censurados pela ditadura e a primeira mulher portuguesa a receber a carteira profissional de jornalista. Começou como redatora do jornal República, depois foi chefe de redação da Vida Mundial, seguiu depois para o Diário de Lisboa, onde iniciou a reportagem em série, e terminou a carreira de jornalista no Diário de Notícias, com 85 anos. Além de jornalista e crítica de teatro, Manuela de Azevedo é conhecida pela criação da Casa-Memória de Camões, em Constância, e pela sua obra literária composta de romances, ensaios e de um livro de poemas – Claridade – prefaciado do Aquilino Ribeiro.
Nos últimos anos escreveu várias obras, quatro das quais editadas pelo Museu Nacional da Imprensa: Memória de uma Mulher de Letras (2009), Sinfonia Completa (2013), Foto-Autorretrato (2014),O Pão que o Diabo amassou (2015).
A Galeria Virtual Manuela de Azevedo é um projeto em construção, aberto a novos contributos informativos. |